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De catador de sucata a presidente da Câmara de Vereadores: a trajetória de Pepo Lepinsk em uma entrevista exclusiva ao iMais

Foto: divulgação
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Conheça a trajetória de Pepo, o vereador que iniciou sua vida trabalhando como catador de sucata e hoje é reconhecido por suas contribuições ao Carnaval de Indaiatuba. Em entrevista exclusiva, Pepo fala sobre sua carreira pública, seu trabalho na Secretaria de Habitação e seus projetos para a cidade.

Jorge Luis Lepinsk, mais conhecido como Pepo, é uma figura bastante conhecida em Indaiatuba-SP. Nascido em 25/09/1970, Pepo passou toda sua infância e juventude próximo ao “matadouro”, em uma família de sete irmãos, ajudando a tirar o sustento da família trabalhando como catador de sucata.

Trabalhou em diversas áreas, desde empacotador em supermercados até peão de rodeio, passando por produtor musical e organizador de eventos. Mas foi na música que ele fez sucesso e ficou conhecido em toda a região pelo seu talento e contribuição ao Carnaval de Indaiatuba.

Pepo também teve uma carreira de destaque na política local. Começando como chefe de gabinete da presidência da Câmara Municipal de Mauá, ele logo retornou a Indaiatuba como assessor parlamentar e, mais tarde, como assessor na Secretaria de Habitação.

Foi nesta pasta que Pepo ganhou destaque como Pepo da Habitação, um apelido carinhoso dado pelos moradores que ele ajudou a atender em diversas ocasiões. Sua atuação na secretaria rendeu-lhe o reconhecimento e o respeito dos moradores e da classe política local, o que o levou a se candidatar a vereador.

Em sua primeira eleição, Pepo foi eleito com uma votação expressiva, graças ao seu trabalho duro e à sua dedicação à cidade e aos moradores. Já em seu primeiro mandato, ele recebeu um convite para assumir a pasta da secretaria de habitação, onde teve um desempenho notável.

Durante sua gestão, Pepo buscou viabilizar e aprovar diversos projetos habitacionais para a cidade, incluindo a compra de um terreno de 265 mil metros quadrados que seria utilizado para a construção de habitação popular. Ele também liderou diversas reuniões importantes no conselho principal de habitação, onde foi possível aprovar processos de grande relevância para a cidade.

Em 2020, Pepo foi reeleito para seu segundo mandato como vereador, com uma votação ainda mais expressiva do que a primeira vez. Seu trabalho e dedicação à cidade de Indaiatuba são exemplos para todos aqueles que acreditam que é possível fazer a diferença na política local e mudar a história da habitação popular no país.

Acompanhe a entrevista exclusiva:

iMais – Quais são as principais metas da sua gestão como Presidente da Câmara de Indaiatuba?
Pepo – Para estar na presidência da Câmara, eu passei por duas eleições. Uma em que o povo me elegeu e a outra em que meus colegas me elegeram. Por isso, considero que ser presidente da Câmara é uma missão de muita responsabilidade, porque eu tenho que devolver na forma de trabalho a confiança que todos depositaram em mim. Minha principal meta foi cumprida no primeiro biênio: deixar o Palácio Votura 100% acessível a todos os cidadãos. Para este segundo biênio, quero que a Câmara continue eficiente, produtiva e econômica, sempre pensando no bem-estar da população e no auxílio constante nos projetos que forem de interesse do município.

iMais – Quais os principais desafios que a Câmara tem enfrentado atualmente?
Pepo – A Câmara é a porta de entrada dos anseios da população e os nossos desafios são os desafios da cidade. Quando todos sofremos com a Covid, a Câmara precisou reagir para ajudar o Executivo a lidar com aquela situação, que graças a Deus e à ciência já não é mais tão grave. Quando a cidade precisa de equipamentos públicos, e a Câmara que tem que debater o orçamento e concordar ou não com aquela diretriz. Hoje, posso dizer que preparar Indaiatuba para os próximos 30 anos, algo que também está na agenda do nosso prefeito Nilson Gaspar, é o grande desafio do Legislativo por meio dos planejamentos de longo prazo.

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iMais – Qual a sua opinião sobre a relação entre a Câmara e o Poder Executivo?
Pepo – Em cidades onde a Câmara joga contra, o município não anda. Legislativo e Executivo são independentes, mas não podem viver em pé de guerra, e aqui a gente sabe disso. Indaiatuba é uma cidade excelente graças à competência do prefeito Nilson Gaspar e de sua equipe, mas também graças à sensibilidade da Câmara em apoiá-lo em tudo que for importante. E também apontar falhas e sugestões, claro, sempre que necessário.

iMais – Qual é a sua opinião sobre o papel das redes sociais na política atual e como o governo municipal está se adaptando a essa nova realidade?
Pepo – As mídias sociais são um caminho sem volta, e isso tem um lado bom e um lado ruim. De um lado, a população sabe de tudo mais rapidamente e consegue participar da vida da cidade, e o agente político também fica mais em cima do lance. De outro, nós temos o problema das fake news, que para mim, depois do Covid, é o mal do século. Acho que o poder público tem que estar nas redes para informar a população com seriedade e respeito, bem como incentivar a participação popular.

iMais – Como a sua gestão está lidando com a questão da corrupção na política brasileira e quais são as medidas concretas que foram adotadas para garantir a transparência e a ética na administração pública de Indaiatuba?
Pepo – A Câmara Municipal de Indaiatuba hoje é uma das mais arrojadas quando o assunto é
transparência em seus procedimentos e na gestão dos recursos públicos. Tudo o que fazemos
aparece em tempo real em sistemas que podem ser consultados por qualquer cidadão, a partir
de qualquer lugar. A modernização dos nossos processos internos é um ganho em controle social, que é um dos maiores instrumentos de combate à corrupção.

iMais – Como a Câmara tem atuado para promover a participação da população nas decisões políticas da cidade?
Pepo – Mantendo nossas portas e canais de comunicação abertos. Hoje o cidadão fala com a Câmara pessoalmente, por telefone, pelo WhatsApp, pela Ouvidoria, pelo canal da transparência, e ainda nos encontra nas ruas para cobrar e sugerir. Isso sem falar nas audiências públicas e na cessão dos plenários para atividades da sociedade civil. Em breve teremos ainda mais novidades nessa questão, assegurando mais instrumentos de participação popular.

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iMais- Quais são as principais propostas de leis que a Câmara está trabalhando atualmente?
Pepo – Nós estamos discutindo neste momento o Plano Municipal de Resíduos Sólidos, que traça as metas para o setor para os próximos 20 anos. A Câmara já promoveu uma audiência pública sobre o tema para debater questões como o destino do nosso lixo, a melhoria no sistema de coleta seletiva e a preservação dos nossos recursos naturais.

iMais – Qual é a sua opinião sobre a implementação de cotas raciais em empresas e repartições públicas?
Pepo – Existe uma dívida histórica no Brasil que ainda está longe de ser reparada, principalmente nos espaços de poder. Basta ver que, embora a maioria da população seja preta ou parda, essa mesma população não ocupa com a mesma proporção os espaços de liderança e de representatividade, algo que afeta ainda mais as mulheres negras. Portanto, sou favorável a
medidas de compensação, embora como vereador não consiga legislar sobre isso.

iMais – Qual é a sua posição em relação à descriminalização do uso de drogas no Brasil?
Pepo – Sou contra. Acho que as drogas devem continuar sendo reprimidas e encaradas como uma questão de segurança e de saúde pública.

iMais – Para finalizar, você foi eleito recentemente Presidente do Parlamento da Região
Metropolitana de Campinas (RMC), o que a população, não apenas de Indaiatuba, mas da região pode esperar da sua atuação?

Pepo – Somos quase 4 milhões de habitantes e a maior região metropolitana fora das capitais em todo o Brasil. Por isso, é mais do que necessário que essas 20 cidades estejam integradas para pleitear investimentos em comum, mesmo porque nossos problemas e soluções muitas vezes passam por saídas conjuntas. A população da RMC pode esperar de mim uma imensa disposição para o trabalho e para a articulação política, na busca por emendas e ações efetivas em saúde, segurança e mobilidade urbana.

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