São Paulo

Estado de SP tem maior número de ocupados com carteira assinada em 13 anos no 1º trimestre

Foto: divulgação
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SP registrou taxa de desemprego de 6,2%, a menor da série histórica do IBGE iniciada em 2012 para os três primeiros meses do ano

O estado de São Paulo registrou no 1º trimestre deste ano taxa de desemprego de 6,2%, a menor da série histórica do IBGE iniciada em 2012 para os três primeiros meses do ano. Além disso, o indicador do estado foi mais positivo que a taxa de desemprego nacional (7%) e da região Sudeste (6,6%).

O estado registrou ainda o maior número de ocupados com carteira assinada no setor privado desde 2012 e liderou entre as demais unidades da Federação no 1º trimestre – o total ficou em 11,911 milhões de pessoas – alta de 2,1% em relação ao último trimestre de 2024 e de 4% em relação ao mesmo trimestre do ano passado. No país, o total ficou em 39,447 milhões – com isso, o estado de SP tem 30,2% dos trabalhadores dentro da CLT no país.

Os números são da Fundação Seade, com base na pesquisa da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) do IBGE.

O percentual de empregados com carteira assinada ficou em 83,4% dos trabalhadores do setor privado no estado, segundo maior percentual do país. No Brasil, o índice geral ficou em 74,6%.

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O total de pessoas ocupadas (incluindo trabalhadores do setor privado e público com e sem carteira assinada, domésticos, informais e por conta própria com CNPJ) era de 24,973 milhões no estado – alta de 3,1% em relação ao mesmo trimestre do ano passado. No país, eram 102,483 milhões. 

Já o número de desocupados na força de trabalho no estado era de 1,665 milhão – queda de 13,8% em relação ao mesmo trimestre do ano passado.

Menor taxa de informalidade em 8 anos

Enquanto a taxa de informalidade para o Brasil foi de 38% da população ocupada, São Paulo teve a terceira menor taxa entre os demais estados (29,3%) no 1º trimestre – menor taxa registrada pelo estado desde o 2º trimestre de 2017 (29%). Em relação ao 4º trimestre de 2024, houve queda de 1 ponto percentual e de 1,7 ponto percentual ante o mesmo trimestre do ano passado.

A taxa de informalidade da população ocupada é calculada considerando-se os empregados no setor privado e os empregados domésticos sem carteira de trabalho assinada, além dos empregadores e trabalhadores por conta própria sem registro no CNPJ e dos trabalhadores familiares auxiliares.

Para o IBGE, a taxa de informalidade reflete a maturidade econômica de cada estado, e os mais industrializados e mais complexos geram mais postos de trabalho formais.

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Já o rendimento médio em São Paulo ficou em R$ 4.063, maior que da região Sudeste (R$ 3.814) e da média do país (R$ 3.410). Entre os estados do Sudeste, só perde para o Rio de Janeiro (R$ 4.066). Trata-se do maior rendimento médio no estado em 1º trimestres desde 2020.

Número de ocupados por atividades no 1º tri:

  • Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas: 4,561 milhões
  • Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas: 4,435 milhões
  • Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais: 4,029 milhões
  • Indústria geral: 3,806 milhões
  • Transporte, armazenagem e correio: 1,796 milhão
  • Construção: 1,686 milhão
  • Outros serviços: 1,419 milhão
  • Alojamento e alimentação: 1,313 milhão
  • Serviços domésticos: 1,278 milhão
  • Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura: 642 mil

Veja as taxas de desemprego registradas trimestre a trimestre desde o início da pesquisa do IBGE:

  • 2025
  • 1º tri: 6,2%
  • 2024
  • 1º tri: 7,4%
  • 2º tri: 6,4%
  • 3º tri: 6%
  • 4º tri: 5,9%
  • 2023
  • 1º tri: 8,5%
  • 2º tri: 7,8%
  • 3º tri: 7,1%
  • 4º tri: 6,9%
  • 2022
  • 2º tri: 9,2%
  • 3º tri: 8,6%
  • 4º tri: 7,7%
  • 2020 (pandemia afetou pesquisa)
  • 1º tri: 12,3%
  • 2019
  • 1º tri: 13,6%
  • 2º tri: 12,9%
  • 3º tri: 12,1%
  • 4º tri: 11,6%
  • 2018
  • 1º tri: 14,1%
  • 2º tri: 13,8%
  • 3º tri: 13,3%
  • 4º tri: 12,6%
  • 2017
  • 1º tri: 14,4%
  • 2º tri: 13,6%
  • 3º tri: 13,3%
  • 4º tri: 12,8%
  • 2016
  • 1º tri: 12,2%
  • 2º tri: 12,2%
  • 3º tri: 12,9%
  • 4º tri: 12,5%
  • 2015
  • 1º tri: 8,6%
  • 2º tri: 9,2%
  • 3º tri: 9,8%
  • 4º tri: 10,3%
  • 2014
  • 1º tri: 7,3%
  • 2º tri: 7,1%
  • 3º tri: 7,3%
  • 4º tri: 7,2%
  • 2013
  • 1º tri: 7,8%
  • 2º tri: 7,5%
  • 3º tri: 7,4%
  • 4º tri: 6,6%
  • 2012
  • 1º tri: 7,8%
  • 2º tri: 7,5%
  • 3º tri: 7%
  • 4º tri: 6,8%

Menor taxa de desemprego em 12 anos em 2024

Em 2024, o estado de São Paulo registrou a menor taxa anual de desemprego em 12 anos: 6,2%. Foi a menor taxa de desocupação da série histórica, iniciada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística em 2012.

O levantamento mostra ainda que o desemprego paulista foi menor que a média nacional, que ficou em 6,6% no ano passado, e que da região Sudeste (6,4%).

Assim, a taxa de desemprego caiu 1,3 ponto percentual de 2023 para 2024 e 2,9 pontos percentuais entre 2022 e 2024.

Veja as taxas de desemprego ano a ano no estado de São Paulo:

  • 2024: 6,2%
  • 2023: 7,5%
  • 2022: 9,1%
  • 2021: 14,4%
  • 2020: 14,0%
  • 2019: 12,4%
  • 2018: 13,2%
  • 2017: 13,5%
  • 2016: 12,4%
  • 2015: 10,1%
  • 2014: 7,4%
  • 2013: 7,5%
  • 2012: 7,2%

Já a taxa anual de informalidade foi de 31,1% da população ocupada em São Paulo, a terceira menor entre os estados e também abaixo do índice nacional de 39% e da região Sudeste de 34%.

Em relação ao rendimento médio real habitual, enquanto no Brasil foi de R$ 3.225 em 2024, no estado de São Paulo ficou em R$ 3.907.

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O rendimento de São Paulo é maior que a média do Sudeste (R$ 3.609) e que dois estados que compõem a região: Rio de Janeiro (R$ 3.733), Espírito Santo (R$ 3.231) e Minas Gerais (R$ 2.910).

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