Meio Ambiente

Influenciador não pode mais publicar vídeos da capivara Filó e diz que nunca faturou com animais

Reprodução/Instagram
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Agenor Tupinambá conseguiu a guarda provisória do animal após ele ser resgatado pelo Ibama

No último domingo (30), o influenciador Agenor Tupinambá recebeu a tutela provisória da capivara Filó. O animal morava com o influenciador, que fazia sucesso com publicações de animais nas redes sociais, mas foi resgatado pelo Ibama sob suspeita de maus-tratos. Agora, o bicho continua com o tiktoker, que está proibido pela Justiça de fazer publicações com animais silvestres.

Na última semana, o Ibama chegou a multar Agenor em R$ 17 mil por suspeita de abuso, maus-tratos e exploração de animal. O influenciador teve de entregar a capivara ao órgão público e apagar todos os vídeos que tinha com o animal.

Após grande mobilização pública, a Justiça concedeu a tutela provisória do animal ao jovem ribeirinho, por entender que ele vive em harmonia com a natureza. Porém, o rapaz continua proibido de fazer publicações com Filó.

Por mais que tenha milhões de seguidores nas redes sociais, Agenor disse nunca ter ganhado dinheiro com os animais silvestres. Ele confirmou que já produziu publicidade para as redes sociais, mas afirmou que sempre deixou os animais de fora delas.

“Comecei a ver muitos comentários de que estava ganhando muito dinheiro com esses vídeos. Tenho como provar que era só eu mostrando a minha vida e minha cultura. Nunca monetizei em cima disso”, disse durante uma live.

Na sentença judicial que concedeu a tutela de Filó a Agenor Tupinambá, o juiz federal Márcio André Lopes Cavalcante entendeu que o influenciador vive no meio da floresta, o habitat da capivara. Por isso, o animal poderá ficar com o jovem até o fim do processo. Entretanto, o tiktoker precisa seguir algumas condições, como não publicar conteúdos da capivara, fornecer informações periódicas do estado de saúde do animal e facilitar o acesso à fiscalização de órgãos ambientais.

“Pelos diversos vídeos publicados, constata-se que o autor, morador de zona rural de um pequeno município do interior do estado do Amazonas, vive em perfeita simbiose com a floresta e com os animais ali existentes. Não há muros ou cercas que separam o casebre do autor em relação aos limites da floresta. Os animais circundam a casa e andam livremente em direção à residência ou no rumo do interior da mata. Não há animais de estimação na casa do autor porque o seu quintal é a própria Floresta Amazônica. Percebe-se, portanto, que não é a Filó que mora na casa de Agenor. É o autor que vive na floresta, como ocorre com outros milhares de ribeirinhos na Amazônia, realidade muito difícil de ser imaginada por moradores de outras localidades urbanas do Brasil. Ante o exposto, concedo a tutela provisória de urgência para que, até o desfecho da lide, seja deferida a guarda provisória da capivara Filó a Agenor Bruce Tupinambá. Como consequência, determino que o IBAMA seja compelido a fazer a entrega do animal ao autor, imediatamente”, disse o juiz na decisão.

Fonte R7

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