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Joe Biden cogita desistir da reeleição, afirmam pessoas próximas ao presidente

Foto: Divulgação
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Doadores do partido afirmam que o democrata estaria cogitando a hipótese de uma derrota para o ex-presidente Donald Trump

Em meio à pressão do partido democrata para que Joe Biden desista da reeleição, pessoas próximas ao presidente afirmam que ele estaria cogitando deixar a corrida à Casa Branca.

Segundo a imprensa estadunidense, doadores do partido de Biden dizem que o democrata está cogitando a hipótese de derrota para Donald Trump.

As reportagens dizem que o presidente está mais isolado do que nunca. Agora, a expectativa é de que ele abandone a campanha nos próximos dias. Biden ainda não se manifestou.

Biden diz que cogitaria desistir de candidatura se médicos apontassem alguma ‘condição médica’

O presidente dos EUA, Joe Biden, disse que consideraria abandonar sua candidatura à reeleição caso seus médicos apontassem o surgimento de alguma “condição médica” que o impedisse de servir um novo mandato presidencial.

A declaração de Biden ocorreu durante entrevista ao apresentador Ed Gordon, do canal BET News, divulgada nesta quarta-feira (17).

Na conversa, o presidente disse que reavaliaria sua permanência na corrida “se eu tivesse alguma condição médica que surgisse, se alguém, se os médicos viessem até mim e dissessem, você tem esse problema e aquele problema”, disse Biden.

Desde que perdeu o debate contra Donald Trump e teve suas aptidões física e mental questionadas, Biden vem afirmando repetidamente em diversas entrevistas e coletivas que não tem nenhuma condição médica grave, segundo seus médicos, e que “faz testes cognitivos todos os dias” em suas funções como presidente.

O Dr. Kevin O’Connor, médico da Casa Branca, escreveu que Biden é “um homem saudável, ativo e robusto de 81 anos, que continua apto para executar com sucesso as funções da presidência” após seu exame físico anual realizado em fevereiro.

O comentário de Biden à BET News é o mais recente em uma série de explicações do presidente sobre sua aptidão física e mental e o que poderia levá-lo a reconsiderar sua posição na corrida presidencial. Em uma entrevista à ABC News neste mês, Biden disse que desistiria da corrida apenas se o “Senhor Todo-Poderoso” o obrigasse a fazê-lo.

Na semana passada, em uma coletiva de imprensa em Washington, Biden disse que permaneceria na corrida a menos que seus assessores lhe mostrassem provas de que ele não teria chances de vencer as eleições.

Na conversa com a BET News, Biden também disse pela primeira vez de forma explícita que esperava “seguir em frente” após seu primeiro mandato e “passar o bastão para outra pessoa”, como havia dito quando concorreu em 2020, mas decidiu concorrer novamente porque acreditava que sua “sabedoria” e experiência ajudariam a curar as crescentes divisões do país. O presidente também falou repetidamente em entrevistas anteriores acreditar ser a pessoa mais capaz para liderar os EUA.

“Você deve se lembrar, Ed, eu disse que seria um candidato de transição, e pensei que poderia seguir em frente e passar o bastão para outra pessoa”, disse o presidente. “Mas eu não antecipei que as coisas ficariam tão, tão, tão divididas. E, francamente, acho que a única coisa que a idade traz é um pouco de sabedoria.”

Adiantamento de nomeação de Biden e pressão

Os democratas planejam adiantar a oficialização a candidatura do presidente Joe Biden à Casa Branca realizar por meio de uma votação virtual na primeira semana de agosto, segundo uma carta obtida pela Associated Press nesta quarta (17). A movimentação ocorre após a oficialização do republicano Donald Trump para a corrida eleitoral nesta semana.

A votação virtual não ocorrerá até agosto, mas o Partido Democrata está comprometido em realizar essa votação antes de 7 de agosto, prazo limite de inscrição de candidaturas no estado de Ohio, segundo uma carta enviada aos membros do comitê de regras da Convenção Nacional Democrata obtida nesta quarta (17) pela agência de notícias Associated Press.

Caso isso aconteça, a nomeação de Biden como candidato do partido ocorreria antes do previsto — normalmente essa formalização acontece durante a Convenção Nacional Democrata, que está agendada para 19 a 22 de agosto em Chicago.

Ao mesmo tempo, uma nova pesquisa indica que quase dois terços dos eleitores democratas (65%) querem que o presidente Joe Biden desista da candidatura. A consulta foi realizada pelo Centro de Pesquisa de Assuntos Públicos AP-NORC e a maioria das entrevistas foi realizada antes do atentado contra Trump. (Leia mais abaixo)

Apesar do aumento da pressão em Biden pela desistência da candidatura à reeleição, a pesquisa de intenção de voto mais recente realizada pela Ipsos indica que Trump e Biden estão empatados tecnicamente, com 43% e 41%, respectivamente.

O comitê de regras da convenção democrata se reunirá nesta sexta-feira (19) para discutir seus planos e os finalizará na próxima semana, ainda de acordo com a carta, escrita pelos co-presidentes do comitê Leah D. Daughtry e o governador de Minnesota, Tim Walz.

“Não implementaremos um processo de votação virtual apressado, embora comecemos nossa importante consideração de como um processo de votação virtual funcionaria”, escreveram Daughtry e Walz.

O partido democrata anunciou em maio que realizaria uma chamada de votos antecipada para garantir que Biden qualificasse para a cédula em Ohio, que originalmente tinha um prazo até 7 de agosto, mas o estado desde então mudou suas regras. A campanha de Biden insiste que o partido deve operar sob as regras iniciais de Ohio para impedir qualquer possibilidade de legisladores republicanos imponham desafios legais para ter o presidente na cédula do estado.

A carta de Daughtry e Walz chega um dia após notícias de que ao menos três políticos democratas da Câmara, contrários a uma rápida nomeação de Biden como candidato do partido às eleições, preparavam outra carta levantando “sérias preocupações” sobre os planos para uma chamada virtual de votos.

Essa outra carta, que teria como signatários os deputados Susan Wild, Mike Quigley e Jared Huffman, segundo a Reuters, diz que seria uma “péssima ideia” sufocar o debate sobre o candidato do partido com a votação antecipada. “Poderia profundamente minar a moral e a unidade dos democratas”, disse a carta, obtida pela AP.

O ex-presidente Donald Trump foi oficializado como candidato republicano à Casa Branca na segunda-feira (15) durante a Convenção Nacional Republicana em Milwaukee, em Wisconsin. A formalização é um processo padrão após vitória nas prévias do partido. No mesmo dia, Trump indicou o senador republicano J.D. Vance para ser seu vice e a chapa também foi formalizada.

Fonte G1

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