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Motoristas e cobradores de ônibus entram em greve em SP

Foto: RAFAEL FERRAZ
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Sindicato afirma que fará paralisação ‘com responsabilidade’ devido a liminar que exige funcionamento do transporte

Os motoristas de ônibus municipais de São Paulo anunciaram a realização de uma greve a partir da zero hora desta terça-feira (14). O sindicato, no entanto, afirma que não fará uma paralisação generalizada devido à liminar judicial que garante o funcionamento de 80% da frota no horário de pico e 60% fora do horário de pico. A prefeitura suspendeu o rodízio na capital paulista até que a situação do transporte público seja normalizada, desta forma, veículos de passeio com placas finais 3 e 4 podem circular livremente.

A entidade sindical não deu detalhes sobre quais linhas serão afetadas durante o dia. “Nós vamos fazer uma greve com responsabilidade. Estamos aqui estudando a forma”, afirmou ao R7 o presidente em exercício do Sindmotoristas (Sindicato dos Motoristas de Ônibus), Valmir Santana da Paz, logo após a confirmação da greve.

Em comunicado atualizado às 5h, a SPTrans lamentou a falta de entendimento entre empresários e a categoria e disse estar monitorando a movimentação da frota. Ao todo, 46 das 150 linhas operaram normalmente durante a madrugada.

Doze linhas que iam até o Terminal Campo Limpo foram estendidas até a Estação Vila Sônia. No Terminal Campo Limpo, 12 linhas estão sendo estendidas até a Vila Sônia, onde é possível fazer integração com o Metrô.

Já o terminal Grajaú, na Zona Sul da cidade, foi fechado por quase uma hora após manifestantes interromperem o fluxo de veículos com dois ônibus.

Reivindicações

Entre os pedidos dos trabalhadores estão reajuste salarial de 12,47% mais aumento real, fim da hora de almoço não remunerada, participação nos lucros (PLR), fim do desconto no vale-refeição quando os trabalhadores entregam atestado médico e melhorias no plano de saúde. 

A categoria ameaça entrar em greve desde a semana retrasada. O sindicato já havia marcado o protesto para a última segunda-feira (6), mas adiou a paralisação em razão de avanço nas negociações com o sindicato patronal.

Segundo o Sindmotoristas, o julgamento do díssidio (decisão judicial) relativo à greve e aos salários está agendado para acontecer nesta quarta-feira (15), às 15h. As reuniões entre o sindicato, empresas e prefeitura são acompanhadas pelo TRT (Tribunal Regional do Trabalho). Segundo a Prefeitura de São Paulo, existia o compromisso de que não haverá nenhuma paralisação sem que o TRT seja informado antes.

Fonte: R7.com

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