São Paulo

Nova espécie divulgada: primeiro ‘titanossauro anão’ das Américas é descoberto no interior de SP

Bruno Navarro foi o responsável pela divulgação das pesquisas — Foto: Arquivo Pessoal
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Nomeada de Ibirania parva em homenagem a cidade de Ibirá (SP), a espécie foi divulgada na última semana pelo Paleontólogo Bruno Navarro.

Depois de anos de pesquisas, foi divulgada a nova espécie de dinossauro encontrada em Ibirá, cidade do interior de São Paulo conhecida por abrigar outras descobertas.

Trata-se do Ibirania parva, um titanossauro de cinco a seis metros de comprimento, espécie herbívora conhecida pelo pescoço grande. Ele é considerado o primeiro “anão” das Américas.

O nome vem da junção das palavras Ibirá, cidade onde foi encontrado, “ania “, que em grego significa “peregrino”, e “parva”, palavra em latim para pequeno.

Reprodução do Ibirania parva feita por um ilustrador — Foto: Matheus Fernandes Gadelha/Divulgação

A descoberta foi proveniente de um trabalho realizado desde os anos 90 e publicada em uma revista cientifica internacional na última quinta-feira (15).

Em entrevista ao g1, Bruno Navarro, Paleontólogo do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (USP) e principal percursor da descoberta, deu detalhes sobre o trabalho realizado pelos pesquisadores.

“Desde 1999 começaram as coletas, ano em que acharam alguns fósseis da nova espécie. Mas o material do holótipo –indivíduo que carrega o nome da espécie– foi descoberto pelo professor Dr. Marcelo Adorna Fernandes, em 2005”, contou Bruno.https://09fe4122e172bd46288c112e2670bdca.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

Viriato Antônio Lobo de Araújo é secretário de Turismo de Ibirá e foi um dos voluntários das escavações. Ele foi responsável por achar o material na Vila Ventura, local onde os trabalhos foram realizados.

“O Marcelo nos explicava como fazia. Na hora que estava escavando, vi apenas um filete. Conforme comecei a cavar, consegui achar o fóssil”, explicou o secretário.

O material encontrado por Marcelo e Viriato serviu como análise para Bruno em 2015. Foi neste ano que ele começou a perceber algumas características do fóssil e perceber que poderia ser de uma nova espécie.

“Quando coletamos algum tipo de fóssil, vamos comparando com os seus similares. Se notamos algo diferente, vamos olhando mais a fundo, se aquilo pode remeter a um parentesco. Mas isso é tudo por análise”, contou Bruno.

Via g1

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