Polícia
Polícia prende Paulo Cupertino, acusado pela morte do ator Rafael Miguel
Foragido há quase três anos, após morte do ator de 22 anos e da família dele, Cupertino foi levado ao Palácio da Polícia, em SP
A polícia de São Paulo prendeu na tarde desta segunda-feira (16) Paulo Cupertino Matias, acusado pelos assassinatos do ator Rafael Miguel e sua família.
Cupertino foi detido no Jardim Miriam, zona sul de São Paulo (SP), no 98º DP, e foi encaminhado ao Palácio da Polícia, na região central da capital paulista.
As informações foram confirmadas por uma fonte do DHPP (Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa) à Record TV.
Cupertino estava foragido há quase três anos, pela morte de Rafael Miguel e sua família, em 9 de junho de 2019.
O último paradeiro dele do qual se tinha notícia havia sido a a cidade de Yataity del Norte, no Paraguai, em dezembro de 2020, quando foi reconhecido em uma fazenda de soja.
Até ser detido na tarde de hoje, Cupertino era considerado pela Polícia Civil de São Paulo o criminoso mais perigoso no estado.
O crime
Rafael Miguel, ao lado dos pais, João e Mirian, e a irmã, Camilla, à esquerda REPRODUÇÃO/RECORD TV
Na noite de 9 de junho de 2019, o ator Rafael Miguel, de 22 anos, e os pais, João Aloizio Miguel, de 52 anos, e Mirian Selma Silva Miguel, de 50 anos, foram mortos a tiros na casa de Isabela Tibcherani, namorada de Rafael e filha de Paulo Cupertino.
Conhecido pelas atuações na novela Chiquititas, do SBT, e por comerciais de TV, o ator havia ido junto de seus pais à casa da namorada para conversar com Cupertino, seu sogro, sobre a relação com a jovem.
O pai de Isabela foi apontado como o responsável dos assassinatos. Segundo a própria família, Cupertino era um homem agressivo, e já havia proibido a relação entre a filha e o ator.
Um laudo elaborado pela Polícia Técnico-Científica de São Paulo apontou que o atirador disparou 13 vezes: Rafael foi atingido por sete tiros — um na cabeça, outro no peito, três nas costas e dois no braço esquerdo. João Aloizio, o pai, foi baleado quatro vezes (uma no peito, duas no braço esquerdo e uma no braço direito), e Mirian, a mãe, duas (no peito e no ombro).
Em entrevista ao R7, Isabela disse que a prisão do pai seria um grande alívio no peito, mas que nenhuma ação poderia reparar a vida de seu namorado e dos sogros.
“Tudo isso impactou a minha vida muito e principalmente na minha construção pessoal, no meu processo de amadurecimento e de reconhecimento como pessoa. Até hoje, às vezes, sinto certa dificuldade em me ver digna de ser feliz. Por isso, faço o acompanhamento psicológico. O trauma de tudo que foi visto e vivido, desde aquele dia, é muito mais intenso do que as pessoas imaginam. São sequelas que vou levar para vida”, revelou a jovem.