Indaiatuba

Prefeitura lança Programa de Microchipagem Animal – Sistema Meu PET

Foto: Eliando Figueira RIC/PMI
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Aba do Minha Indaiatuba reunirá informações sobre animais microchipados pelo CRA e veterinários

O Meu Pet é a nova aba que será disponibilizada na Plataforma Minha Indaiatuba a partir desta semana. O Programa Municipal de Microchipagem Animal – Sistema Meu PET foi lançado pelo prefeito Nilson Gaspar e a equipe do Centro de Reabilitação Animal – CRA na manhã desta terça-feira (21/05), em evento realizado no Auditório do Paço Municipal. O sistema reunirá informações sobre animais microchipados que poderão ser acessados pela Prefeitura e também por clínicas veterinárias e entidades de proteção animal do município que estiverem cadastradas. O Conselho Municipal de Proteção Animal (Compda) é parceiro do programa.

O Decreto que cria o Registro Geral de Animais denominado Meu Pet foi assinado pelo prefeito durante o evento de lançamento do programa.

Desde 2016 o CRA já realiza a microchipagem de todos os animais atendidos pelo serviço de doação e também de castração. Com a implantação do Programa Municipal de Microchipagem Animal, os animais que forem vacinados contra raiva em ações do poder público, receberão gratuitamente o microchip, que será doado pelo Compda, e também serão cadastrados no sistema. O certificado de vacinação do animal estará disponível na aba Meu Pet, da Plataforma Minha Indaiatuba.

A primeira ação de microchipagem acontecerá neste sábado (25/05), no Centro Comunitário do Jardim Brasil, na rua Lourenço Martim do Amaral, das 9h às 13h. Em Indaiatuba, a vacinação antirrábica acontece em parceria com a Unimax, que faz a doação das doses da vacina e participa da ação com alunos e professores do curso de Medicina Veterinária.

O prefeito explicou que o banco de dados coletados por meio do sistema poderá ser utilizado para estabelecer políticas públicas mais efetivas para o controle populacional de animais, saúde pública, segurança animal e outras questões relacionadas aos pets. “Esse banco de dados vai nos ajudar na identificação de áreas com altos índices de animais perdidos ou abandonados, analisarmos os padrões de propriedade responsável e também a necessidades de serviços veterinários”, ressaltou. “É um cuidado a mais que poderemos ter com os animais em nossa cidade, cuidado este, que iniciamos há quase 20 anos, antes mesmo da construção do CRA, contando com o apoio dos grupos de cuidadores de animais e, agora, mais recentemente, com o apoio também da Unimax, por meio do seu Hospital Veterinário”, completou.

O secretário de Serviços Urbanos e Meio Ambiente, Guilherme Magnusson, destacou o pioneirismo de Indaiatuba com esse projeto e da importância do controle do município para garantir a proteção animal. “Além de ajudar no direcionamento de políticas públicas, esse banco de dados que estamos criando, pode ajudar em situações como a que estamos vivenciando no Rio Grande do Sul, por exemplo, onde um número muito grande de animais se perderam de seus tutores durante as enchentes. Neste momento, um cadastro como o que estamos lançando com o sistema Meu Pet seria muito útil na identificação dos animais e de seus tutores e, principalmente, no conhecimento do histórico de saúde deles”, resumiu.

Como irá funcionar

O Meu Pet é um sistema on-line interligado ao Minha Indaiatuba que será abastecido de informações sobre animais microchipados e cadastrados. Além de órgãos públicos como o CRA e Zoonoses, clínicas veterinárias e entidades de proteção animal do município também poderão se cadastrar para fazer uso dele. Os dados dos animais inseridos no sistema ficarão disponíveis para consulta desses estabelecimentos.

A ferramenta foi desenvolvida pelo Departamento de Tecnologia da Informação da Secretaria de Administração e que sua utilização é bastante simples, dentro da plataforma Minha Indaiatuba. O acesso é feito pelo Gov.br, com a toda a segurança necessária.

O sistema trará informações como o número do microchip e data do registro; nome do animal, espécie, sexo e raça; nome do proprietário, número da Carteira de Identidade (RG) ou outro documento oficial de identificação, e do Cadastro de Pessoa Física (CPF), endereço físico e eletrônico e telefone; nome da pessoa física ou jurídica responsável pela comercialização, permuta ou doação do animal, número do respectivo CPF ou CNPJ, inscrição municipal e licença sanitária, e o termo de consentimento de uso de dados assinado pelo proprietário do animal.

Neste primeiro Momento, os veterinários ou protetores cadastrados poderão utilizar o sistema Meu Pet para informar ao município quando há suspeita de doenças zoonóticas, como a raiva e a leishmaniose.  As clínicas também poderão utilizar a ferramenta para registrar a aplicação de vacinas, o que possibilitará, juntamente com os dados da microchipagem, o desenvolvimento de medidas públicas de proteção animal usando uma estimativa mais real do número de animais do município.

O médico veterinário do CRA, Adriano Mayoral, explica que hoje o município e até o Conselho Municipal de Proteção Animal sente muita falta desse controle de informações no desenvolvimento de projetos voltados ao bem-estar do animal e também à saúde pública.  “Só para exemplificar, se um animal microchipado por uma determinada clínica foge e depois é encontrado por outra clínica ou pelo próprio CRA, na grande maioria dos casos, não é possível identificar o proprietário, pois há vários sistemas de cadastros diferentes. A partir do sistema municipal, estamos montando um banco de dados único, por meio do qual qualquer estabelecimento cadastrado poderá acessar as informações e identificar os dados referentes à saúde e ao tutor desse animal”, justificou.  

Mayoral acrescentou que o objetivo principal é sempre a proteção e o cuidado com a saúde do animal. “Ao fazer parte do sistema Meu Pet, as clínicas particulares ainda poderão agregar valor ao seu atendimento, considerando que ao oferecer mais este serviço a seus clientes, o profissional auxilia os proprietários na segurança do seu pet”, finalizou.

A Secretária de Saúde, Graziela Drigo Garcia, também participou do evento de lançamento do Programa de Municipal de Microchipagem Animal. A Saúde também foi representada pela médica veterinária do Departamento de Vigilância Epidemiológica, Ana Cláudia Zunta, que falou sobre as Doenças de Notificação Obrigatória.

Benefícios da microchipagem

O microchip oferece uma forma permanente de identificação para animais de estimação. Ao contrário das coleiras e das etiquetas, que podem se perder ou serem removidas, o microchip fica implantado sob a pele do pet, garantindo que a identificação esteja sempre presente

A microchipagem facilita a localização de animais perdidos. Os microchips contêm um número de identificação exclusivo que pode ser lido por scanners usados por abrigos de animais, clínicas veterinárias e autoridades responsáveis pelo controle de animais. Isso aumenta, significativamente, as chances de ele ser encontrado e devolvido ao proprietário, em caso de fuga. Mas é importante esclarecer que não possui sistema de GPS.

A ajuda na prevenção do roubo de animais de estimação também é uma vantagem do microchip, pois fornece uma maneira inequívoca de provar a propriedade do animal.

Tudo isso sem contar na promoção da responsabilidade do proprietário. Ao microchipar seus animais de estimação, os proprietários demonstram responsabilidade em relação ao bem-estar e à segurança deles. Isso provoca uma maior conscientização sobre cuidados adequados e, consequentemente, a redução do número de animais abandonados ou perdidos.

Para completar, a microchipagem animal oferece uma ferramenta valiosa para estabelecer políticas públicas voltadas para o bem-estar animal, controle populacional e segurança pública.

#PraTodosVerem: na foto o prefeito está em pé, de cabeça baixa, apoiado em um púlpito, assinando o Decreto que cria o sistema Meu Pet. À esquerda, em pé, estão o veterinário Adriano Mayoral, e os secretários de Serviços Urbanos, Guilherme Magnusson, e de Saúde, Graziela Garcia. À direita, o vereador Índio da 12 e a veterinária Ana Claudia. Fim da descrição.

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