Polícia
Presidente de escola de samba deve depor sobre morte de menina prensada por carro alegórico
Auxiliar de empresa de guindastes também seria ouvido na 6ª DP, mas companhia pediu para transferir para terça-feira (26)
A Polícia Civil deve ouvir, nesta segunda-feira (25), o presidente da escola de samba Em Cima da Hora, responsável pelo carro alegórico que esmagou a menina Raquel Antunes da Silva, de 11 anos.
Além do presidente, também estava previsto, na 6ª DP (Cidade Nova), que investiga o caso, o depoimento do auxiliar da empresa Carvalhão que estava trabalhando na hora do acidente, mas a companhia pediu para transferir para terça-feira (26).
A morte de Raquel está sendo investigada como homicídio culposo (sem intenção de matar). O carro alegórico da escola de samba envolvido no acidente nas imediações do Sambódromo, no Rio, foi apreendido para perícia.
O corpo da menina foi enterrado no Cemitério do Catumbi, no centro, na tarde do sábado (23). A criança não resistiu após ficar quase dois dias internada no Hospital Souza Aguiar em estado grave. Ela sofreu traumatismo no tórax e precisou amputar uma perna.
Em choque, a mãe de Raquel, que está grávida, passou mal na porta do hospital e desmaiou ao receber a notícia da morte da filha.
O acidente aconteceu no primeiro dia de desfiles das escolas de samba, na quarta-feira (20). Raquel subiu no carro alegórico no momento da dispersão na rua Frei Caneca. Quando o carro foi movimentado, a menina foi prensada contra um poste.
Muito abalada, uma amiga da família disse que Raquel foi à praça para passear com a mãe e que ela brincava quando houve o acidente.
“Raquel era uma criança. E, como toda criança, que sonha, que brinca, uma coleguinha a chamou para ver o carro. Quando a mãe foi ver, o acidente já tinha acontecido”, afirmou.
Após o ocorrido, o MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) declarou que houve violação das regras de segurança recomendadas aos organizadores do Carnaval. A Justiça determinou que os carros alegóricos sejam escoltados para evitar outros casos semelhantes.
Fonte R7