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Quadros rasgados, obras de arte atacadas e móveis estragados: veja destruição causada no Senado

Salão Azul do Senado Federal com vidros quebrados e móveis destruídos PLÍNIO AGUIAR, DO R7, EM BRASÍLIA
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Reportagem do R7 esteve na Casa Legislativa um dia após a invasão e acompanhou o trabalho da perícia e de demais profissionais

Quadros rasgados, obras de arte atacadas, móveis destruídos, tapetes e corredores encharcados de água. Esse é o rastro de destruição deixado pelos extremistas que invadiram os prédios dos Três Poderes, no último domingo (8), em Brasília.

A reportagem do R7 esteve no Senado Federal no final da manhã desta segunda-feira (9). O Salão Azul é o espaço de acesso aos três ambientes fundamentais para o funcionamento da Casa — plenário, gabinete da presidência e a Secretaria-Geral da Mesa. No local, os tapetes estão encharcados de água e vidros foram quebrados.

Os extremistas arrancaram móveis do Senado e os jogaram por toda a Casa, como, por exemplo, a máquina de raio-x. Eles tentaram arrancar, ainda, a placa do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AM), no plenário. Logo atrás, no cafezinho, local onde os jornalistas conversam com os parlamentares, também há rastros de destruição.

Cristina Monteiro, coordenadora em exercício do Museu do Senado, afirmou à reportagem do R7 que ao menos quatro quadros de presidentes do Senado, doados pelo artista plástico Urbano Villella, foram danificados. São eles: José Sarney, Renan Calheiros em seus dois mandatos e Ramez Tebet.

Os corredores onde ficam os gabinetes dos senadores também foram alvos dos extremistas. A reportagem passou, por exemplo, nos gabinetes de José Serra e Soraya Thronicke, que disputou a Presidência da República nas últimas eleições, e encontrou vidros quebrados e água com pó amarelo no chão.

Na mesma sala em que se encontram os quadros de presidentes da Casa, há um painel gigante doado pelo artista e pintor Athos Bulcão. Segundo a coordenadora do Museu, no ano passado foi feito um reparo e a tinta utilizada custa R$ 800 cada 10 ml.

“Ainda não há uma estimativa do dano causado. A perícia está sendo feita e nos próximos dias vamos ter uma visão mais clara do que aconteceu. Mas certamente podemos falar que os estragos da Câmara dos Deputados são maiores que os do Senado”, disse Monteiro.

Ataques em Brasília

Extremistas que não aceitam ao resultado das eleições de 2022 furaram o bloqueio feito pela Polícia Militar do Distrito Federal e invadiram os prédios do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF).

Diante do cenário, o presidente da República decretou intervenção federal na segurança do Governo do Distrito Federal até o dia 31 de janeiro. O interventor escolhido por Lula é Ricardo Cappelli, atual secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Segundo a Polícia Civil, 300 extremistas foram presos até 23h de domingo (8). Outras 1.200 pessoas que resistiam à desmobilização do acampamento em frente ao Quartel-General do Exército foram retiradas do local e detidas na manhã desta segunda-feira (9).

Material cedido/R7
Material cedido/R7
Material cedido/R7
Material cedido/R7
Material cedido/R7
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Material cedido/R7
Material cedido/R7
Material cedido/R7
Material cedido/R7

Fonte R7

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