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Quais são as raças de cachorro que mais se adaptam aos bebês e às crianças? Veterinárias respondem

Foto: Divulgação
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A decisão de ter um cão de estimação precisa levar em conta que todos apresentam um tipo diferente de temperamento e características

Muitos casais que estão pensando em ter filhos, estão grávidos, ou já têm um bebê ou criança em casa têm dúvidas sobre se adicionar um cachorrinho à família é algo positivo — e seguro. Isso quando não são as próprias crianças que manifestam o sonho de ter um pet. De acordo com especialistas, essa parceria pode criar memórias insubstituíveis na infância, mas é importante ter alguns cuidados.

O comportamento ativo de crianças e bebês e uma certa imprudência no contato (como puxar o rabo do cachorro, cutucar, beijar, fazer barulho perto e deitar por cima) demandam animais tolerantes e com características de personalidades compatíveis. Por isso, na hora de comprar ou adotar, algumas raças podem ser mais indicadas.

As veterinárias Beatriz Queiroz, pós-graduada em cirurgia de pequenos animais pela Faculdade Anclivepa e Joice Vasques, pós-graduada em oncologia veterinária pela Ufape Intercursos, ambas de São Paulo, explicam que algumas raças se destacam para esta escolha por terem um perfil mais amigável, paciente e adaptável de forma geral.

As mais recomendadas são:

Labrador

O labrador é um dos cachorros mais queridos pelos brasileiros devido à sua natureza obediente e adaptável. Além disso, por serem extrovertidos, podem ser uma companhia que vai divertir as crianças da casa, de acordo com Queiroz.

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Golden retriever

Assim como o labrador, o golden retriever é conhecido por ser um ótimo companheiro, sabe lidar com os pequenos e sua natureza dócil e gentil os tornam uma opção para aqueles que pretendem iniciar uma família ou já têm filhos pequenos.

Cavalier king charles

Uma das raças com o temperamento mais calmo, o cavalier é um cão de companhia que atende ao perfil de família em formação pois apesar de sossegados, são ativos e gostam de interagir com seus tutores.

Shih tzu

Na categoria porte pequeno, segundo Vasques, o shih tzu se destaca por seu companheirismo e vontade de estar sempre perto dos tutores. Eles são amigáveis com todos ao seu redor, inclusive crianças.

Yorkshire terrier

O yorkshire terrier também é um pequeno companheiro, muito indicado para uma família em crescimento. A raça é bastante brincalhona, mas dócil, o que pode ajudar no desenvolvimento da criança e também no gasto de energia durante as brincadeiras.

Beagle

Reconhecido pelo seu carisma fora da curva, o beagle é um companheiro de pequeno a médio porte que tem um temperamento dócil e adora brincar com a criançada. Contudo, conforme Vasques aponta, os beagles funcionam melhor para crianças acima dos 7 anos de idade, devido à reatividade (reação exagerada a estímulos) da raça.

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Vira-lata

O vira-lata, um cão sem raça definida, pode ser de pequeno a médio porte. Ele é um fiel protetor daqueles que o escolheram, segundo Vasques. Por isso, ao serem bem treinados pelos tutores, conseguem se adaptar aos novos integrantes e interagem bem com crianças.

Como preparar o encontro entre a criança e o pet?

Escolhido o novo melhor amigo da família, a introdução do cão ao recém-nascido ou às crianças da casa deve ser feita com parcimônia.Vasques indica a aplicação do chamado reforço positivo, técnica em que recompensas incentivam e consolidam um comportamento.

— É essencial fazer o reforço positivo. O cão precisa entender que aquele bebê ou criança são positivos para sua vida. No caso de um recém nascido, oriento o tutor a levar uma fraldinha da maternidade para casa antes da chegada do bebê, colocando perto da cama onde o animal dorme ou próximo ao comedouro — orienta Vasques.

No caso das crianças maiores, após a apresentação inicial e a permissão ao pet para farejar todos os ambientes da casa, os novos pertences incluídos, é essencial a participação dos pequenos nas tarefas do dia a dia que envolvam o animal.

— É muito importante que a criança ganhe essa responsabilidade para que a relação seja harmoniosa e ela sinta esse dever de proteção e ajude a cuidar do animal desde cedo — explica.

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Manter a atenção nunca é demais

Por outro lado, mesmo com a personalidade carinhosa, um cachorro é um animal que não responde da mesma maneira que os seres humanos. Dessa forma, é importante que os tutores invistam em treinar o pet e sempre mantenham a atenção nas interações entre eles e bebês ou crianças pequenas.

— É necessário acompanhar as brincadeiras de perto, pois às vezes a criança pode fazer algo que o cachorro interprete errado, ou uma brincadeira pode acabar saindo do controle. Os cachorros podem ser ensinados a como lidar com as crianças com dedicação, paciência e amor, sem dúvidas, mas os pais têm total responsabilidade, tanto pelas crianças quanto pelo pet — ressalta Muniz.

Fonte O Globo

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