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Submarino desaparece sob a ‘Geleira do Juízo Final’, na Antártica, após descobrir estruturas estranhas

Foto: Divulgação
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Uma equipe internacional de pesquisa implantou o submarino não tripulado ‘Ran’ da Universidade de Gotemburgo sob gelo espesso na Antártida

O robô subaquático autônomo de propriedade da Universidade de Gotemburgo, na Suécia, descobriu algo que nenhum ser humano jamais havia visto antes de desaparecer misteriosamente em janeiro de 2024 na Antártida.

O submarino não tripulado chamado Ran, tinha seis metros de comprimento e foi implantado em 2020 com o objetivo de explorar ‘a geleira do Juízo Final’. Depois de descobrir uma série de estruturas desconhecidas sob o gelo de Artantida, o sinal foi perdido.

O veículo autônomo subaquático Ran foi programado para executar missões sob a plataforma de gelo — Foto: Anna Wåhlin/Avanços da Ciência

— É um pouco como ver o lado escuro da Lua — disse Anna Wåhlin, principal autora do estudo e professora de física oceanográfica na Universidade de Gotemburgo.

E Ran conseguiu obter mapas de alta resolução da parte inferior desta plataforma de gelo e descobriu informações importantes no estudo da subida do nível do mar devido às alterações climáticas.

— Embora tenhamos obtido dados valiosos, não conseguimos alcançar tudo o que esperávamos. Os avanços foram possíveis graças ao único submersível que foi o Ran — disse Wåhlin, da mesma forma, garantiu que esperam voltar com outro submarino que permitirá a conclusão do estudo.

A plataforma de gelo Dotson na Antártida — Foto: Anna Wåhlin

Ran descobriu uma paisagem subglacial

De acordo com a National Geographic, a missão de Ran, programada para mergulhar na cavidade da plataforma de gelo Dotson, na Antártica Ocidental, envolveu a varredura do gelo acima dela com um sofisticado sistema de sonar. Durante 27 dias, o submarino percorreu mais de 1.000 quilômetros sob a geleira, chegando a 17 quilômetros dentro da cavidade.

A plataforma de gelo Dotson está localizada na remota costa da Antártica Ocidental e se estende como um bastião de gelo antigo que desafia o tempo. Segundo a comunidade científica, em Dotson, sob um céu perpetuamente acinzentado e um ar cortante, as temperaturas caem incessantemente abaixo dos -20 graus Celsius, mergulhando o ambiente num frio implacável.

A National Geographic acrescentou que “os dados recolhidos por Ran revelaram que o glaciar Dotson derrete mais rapidamente em áreas onde as correntes subaquáticas erodem a sua base. Além disso, foram encontradas evidências de derretimento acelerado em fraturas verticais que atravessam o glaciar”.

Submarino — Foto: Reprodução

No entanto, uma das descobertas mais surpreendentes foi a presença de uma paisagem subglacial complexa, com picos, vales e formações semelhantes a dunas de areia, provavelmente causadas por fluxos de água influenciados pela rotação da Terra.

A National Geographic informou que as plataformas de gelo são críticas para a estabilidade dos glaciares, actuando como barreiras que retardam o fluxo de gelo em direcção ao mar. A sua desintegração, embora não pareça afectar o resto do planeta, poderá acelerar significativamente a subida global do nível do mar.

Da mesma forma, foi determinado que a parte ocidental derrete mais rapidamente devido à influência das águas profundas circumpolares, uma mistura de líquido do Pacífico e do Oceano Índico que afeta de forma diferente a base de gelo na plataforma, em comparação com a parte ocidental. lado oriental.

Fonte O Globo

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