Polícia
Corpo de enteada é exumado após defesa de madrasta suspeita de envenenamento tentar impedir
Apesar da alegação de que não havia autorização judicial, magistrada considerou que procedimento faz parte da investigação
A Justiça negou o pedido da defesa de Cíntia Dias que tentava impedir a exumação do corpo da enteada morta no Rio, em março deste ano. A mulher suspeita de ter envenenado Fernanda Carvalho, de 22 anos, e o irmão dela está presa temporariamente.
A defesa da madrasta alegou que o procedimento não havia sido autorizado pela Justiça. No entanto, a juíza Isabel Teresa Pinto Diniz considerou que a exumação faz parte do processo de investigação.
De acordo com informações da Record TV, a exumação do corpo ocorreu na tarde desta quinta-feira (26) no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, na zona oeste, na presença dos investigadores da 33ª DP (Realengo). Agora, a perícia vai apurar se há vestígios de substâncias tóxicas no cadáver.
Inicialmente, a morte de Fernanda não foi tratada como suspeita e, por isso, o corpo não passou por perícia no IML (Instituto Médico-Legal).
Dois meses depois, o irmão de 16 anos apresentou os mesmos sintomas que a jovem. O menino contou ter passado mal após comer um feijão preparado pela madrasta e disse, inclusive, que viu “bolinhas azuis” na comida. Ele ficou internado, mas conseguiu se recuperar.
O filho de Cíntia disse em depoimento que a mãe confessou a ele ter envenenado os enteados. A polícia suspeita de envenenamento por chumbinho e investiga se o crime foi motivado por ciúme.
O delegado Flávio Rodrigues, responsável pela investigação do caso, pediu à Justiça acesso aos dados armazenados no celular da suspeita para apurar se ela fez alguma confissão por meio de mensagens ou pesquisou algo sobre envenenamento.
Depois de ouvir o médico que assinou o atestado de óbito de Fernanda, o delegado pretende fazer perguntas a outros profissionais da equipe do Hospital Albert Schweitzer, que atendeu os irmãos.
Fonte R7