Economia

Do nome sujo ao investimento: os primeiros passos para organizar a vida financeira

Com planejamento, é possível voltar ao cadastro positivo MARCELLO CASAL JR/AGÊNCIA BRASIL
Compartilhe essa notícia:

Planejamento e organização são fundamentais para virar o jogo e guardar dinheiro no fim do mês. Confira!

Está endividado e não sabe como organizar sua vida financeira? De acordo com dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, da CNC (Confederação Nacional do Comércio), a parcela de inadimplentes, aqueles que têm contas ou dívidas em atraso, chegou a 28,7% das famílias brasileiras em maio.

No entanto, independentemente dos motivos que levam alguém a ficar com o nome “sujo”, com planejamento é possível voltar ao cadastro positivo e recuperar as condições para investir. Além disso, dá para aprender a não ir mais para a lista de inadimplentes. Nesse processo de mudança, duas palavras são fundamentais: organização e controle.

Confira oito dicas do educador financeiro Reinaldo Domingos, autor de Livre-se das Dívidas e também dos sites de educação financeira Mobills, Acordo Certo e Serasa Ensina. 

Como organizar a vida financeira: 8 passos essenciais para começar

1) Faça um levantamento de todas as suas dívidas

Coloque as dívidas em ordem decrescente da taxa de juros

O primeiro passo é saber a quem você deve. Faça um levantamento que inclui quais os tipos de dívida, quem é o credor (pessoa ou empresa a quem você deve), qual o valor inicial e atual da dívida e o CET (Custo Efetivo Total) da dívida, que inclui juros mais taxas e prazo da dívida. 

Coloque as dívidas em ordem decrescente da taxa de juros (do maior juro para o menor juro). Desse modo, fica mais fácil saber qual dívida priorizar na negociação.

2) Faça a análise da sua situação financeira

Aqui você precisa fazer um diagnóstico completo de toda a sua vida financeira. Registre tudo (até mesmo os pequenos gastos, como cafezinho e gorjetas) por 30 dias, para descobrir para onde está indo cada centavo do seu dinheiro.

3) Avise a família

É importante que toda a família esteja a par da situação financeira, pois todos devem se envolver no corte de gastos e também na busca de alternativas para encontrar fontes de renda extra.

4) Corte todos os gastos que não forem necessários

Quando as pessoas estão endividadas, precisam aprender a apertar o cinto e adaptar os gastos à renda, e não o contrário. Avalie todas as despesas e veja onde é possível fazer cortes e reduções. Corte tudo que for supérfluo: academia, assinaturas de serviços e produtos, idas ao salão de beleza. Utilize opções de lazer gratuitas.

5) Saiba que crédito não faz parte da sua renda

Sua renda é o que você recebe no fim do mês já desconsiderados todos os descontos

A sua renda é o que você recebe no fim do mês já desconsiderados todos os descontos, e é isso que deve aprender a usar, sem cair na tentação de somar ao limite do cheque especial ou do cartão de crédito. Se você trabalha para pagar o rotativo do cartão e não consegue cobrir o cheque especial, provavelmente já entendeu por que está endividado.

6) Monte um plano de ação

Defina uma ordem de prioridade para saber quais dívidas serão pagas ou negociadas primeiro. Devem ser priorizados os pagamentos de contas essenciais, evitando-se o corte de fornecimento de serviços indispensáveis, como água, luz e plano de saúde.

Depois, priorize as dívidas com as maiores taxas de juros, como cheque especial e rotativo do cartão. Caso tenha possibilidade de pagar uma dívida com juros menores, uma opção será trocar uma dívida de juros muito altos por outra com juros menores, como um empréstimo pessoal.

7) Busque uma renda extra

Às vezes, só cortar não basta, ou mesmo com todos os cortes possíveis ainda falta dinheiro para se livrar das dívidas. Se essa for a sua situação, o caminho poderá ser a renda extra. Pode ser com um trabalho nas horas que estejam livres, bicos nos fins de semana ou mesmo vendas.

8) Comece a poupar dinheiro 

Ideal é poupar pelo menos 10% de seu salário assim que ele cai na sua conta

Não deixe para poupar apenas o que sobra no fim do mês, porque, quando estamos descontrolados financeiramente, nunca sobra nada. O ideal é poupar pelo menos 10% de seu salário assim que ele cai na sua conta. Se inicialmente não der para poupar esse percentual, comece com qualquer valor, para cultivar o hábito.

Fonte R7

Compartilhe essa notícia:

Mais lidas

Sair da versão mobile