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O grande retorno! Céline Dion é capa da edição de maio da Vogue França

Céline Dion é capa da edição de maio da Vogue França — Foto: Reprodução/Instagram
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Capa e recheio da Vogue francesa de maio de 2024, Céline Dion fala abertamente sobre sua síndrome de pessoa rígida, seu amor por cantar e sua vida como uma mulher de 55 anos

Longe dos holofotes desde dezembro de 2022, quando foi diagnosticada com síndrome de pessoa rígida, Céline Dion tem feito pequenos comebacks neste ano. O primeiro foi em fevereiro, quando a cantora fez uma aparição surpresa no Grammy 2024 para anunciar o prêmio de melhor álbum do ano, vencido por Taylor Swift. O segundo aconteceu nesta segunda-feira (22), quando a artista surgiu na capa e recheio da edição de maio da Vogue França.

“Tenho muito orgulho de, aos 55 anos, ter sido convidada a revelar a minha beleza. Mas o que é beleza? A beleza é você, sou eu, é o que tem dentro, são os nossos sonhos, é o hoje. Hoje sou uma mulher que se sente forte e positiva em relação ao futuro. Um dia de cada vez”, disse Céline sobre o convite para ser estrela da capa.

A seguir, confira os destaques da entrevista, conduzida pelo jornalista Clóvis Goux:

Céline Dion é capa da edição de maio da Vogue França — Foto: Reprodução/Instagram

Como você superou esse período difícil em que lutou contra a doença?

“Não lutei contra a doença, ela ainda está em mim e para sempre. Encontraremos, espero, um milagre, uma forma de curá-la com investigação científica, mas tenho de aprender a conviver com isso. Então sou eu, agora com síndrome de pessoa rígida. Cinco dias por semana faço terapia atlética, física e vocal. Trabalho tanto os dedos dos pés quanto os joelhos, panturrilhas, dedos, canto, voz… Essa é a condição com a qual devo aprender a conviver agora, parando de me questionar. Comecei dizendo para mim mesmo: por que eu? O que aconteceu? O que eu fiz? Eu sou responsável? A vida não lhe dá respostas. Você simplesmente tem que vivê-la! Eu tenho essa doença por algum motivo desconhecido. Eu tenho duas escolhas. Ou treino como um atleta e trabalho muito ou me desconecto e acabou, fico em casa, ouço minhas músicas, fico na frente do espelho e canto para mim mesma. Optei por trabalhar com todo o corpo e com toda a alma, da cabeça aos pés com uma equipe médica. Eu quero ser o meu melhor. Meu objetivo é ver a Torre Eiffel novamente!”.

O que mais te ajuda nessa luta?

“O amor da minha família e dos meus filhos acima de tudo, o amor dos fãs também e o apoio do time ao meu redor. As pessoas que sofrem dessa síndrome podem não ter a oportunidade ou os meios para ter bons médicos ou bons tratamentos. Eu tenho esses meios, tenho esse dom. Além disso, tenho essa força em mim. Eu sei que nada vai me impedir”.

Você sem dúvida voltará aos palcos. Sairá em turnê novamente?

“Não posso te responder. Durante quatro anos eu disse a mim mesma que não voltaria… Hoje não posso te dizer: ‘Sim, daqui a quatro meses’. Não sei… Meu corpo vai me dizer. Por outro lado, não quero apenas esperar. É moralmente difícil viver dia após dia. É difícil, estou trabalhando muito e amanhã será ainda mais difícil. Amanhã é outro dia. Mas há uma coisa que nunca vai faltar: a paixão, o sonho e a determinação”.

Céline Dion é capa da edição de maio da Vogue França — Foto: Reprodução/Instagram

O que a fama lhe deu? O que ela tirou de você?

“A fama me fez querer nunca desistir. Nasci para me comunicar no palco, com meu time, com minha voz, com meus fãs. É uma partilha. Eu nasci para isso. Quando me vi no palco pela primeira vez, em Quebec, ‘peguei o vírus’, como dizem por lá. O que a fama tirou de mim? Nada. Porque eu vivo todos os dias. E eu sigo em frente”.

Você também é um verdadeiro ícone da moda. Que relacionamentos você tem com os estilistas?

“Não me permitiria dizer que colaboro com os estilistas, isso seria muito pretensioso da minha parte. Por outro lado, posso te dizer que, durante toda a minha vida, minha mãe remendou minhas meias, minhas calças, meus suéteres, meus casacos, minhas luvas, minhas coisinhas de inverno… Tive muita sorte porque tinha 13 irmãos e irmãs, usava as coisas de todos. Quando ganhei meu primeiro dinheiro, meus primeiros programas de TV pagos, comprei algumas roupinhas e me vesti. Com meus primeiros sucessos, comprei um telhado para meu marido e para mim. Para meus pais e membros da minha família também. Depois do meu primeiro álbum em inglês, consegui comprar roupas de grife, comecei a olhar revistas de moda. E então fui convidada para um desfile e nunca esquecerei esse show do Karl Lagerfeld… Ele olhou para mim e disse: ‘Você me lembra La Callas’. Então me presenteei com uma jaqueta Lagerfeld como você se presenteia com um diamante. Sempre comprei tudo. Não queria pedir emprestado. É uma forma de respeito. As pessoas pagam para me ouvir cantar. Então eu pago para me presentear com roupas de grife”.

Quais são os seus sonhos hoje?

“Meu sonho é viver no presente. Um dia de cada vez. Eu realmente tenho muita sorte. E tenho a honra de fazer um ensaio fotográfico para a Vogue França. Porque quando eu estava no meu melhor físico e beleza, aos 30 anos, ninguém nunca me convidou. Tenho muito orgulho de que, aos 55, me peçam para revelar minha beleza. Mas o que é beleza? A beleza é você, sou eu, é o interior, são os nossos sonhos, é o hoje. A beleza é o que nos rodeia, está aí. Tem gente que vê isso. Há quem assista. Hoje sou uma mulher que se sente muito forte para seguir em frente. Um dia de cada vez”.

Fonte Vogue

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