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Saúde

Como uma noite mal dormida pode afetar seu próximo dia de trabalho e como funcionar melhor

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Problemas de sono podem prejudicar o rendimento, o humor e a tomada decisões na vida profissional

Pense em uma noite em que você dormiu mal. Quão produtivo você foi no dia seguinte no trabalho? Você lutou para começar? O dia se arrastou? Você procrastinou no Twitter ou no TikTok em vez de fazer seu trabalho?

Se sua resposta a essas perguntas for “sim”, você não está sozinho. Embora não entendamos completamente por que dormimos, sabemos que o sono é crucial para o nosso funcionamento físico e mental.

Então, como exatamente uma noite maldormida afeta nosso desempenho no dia seguinte no trabalho e como podemos combater quaisquer efeitos negativos?

Este artigo faz parte do Quarter Life, uma série sobre questões que afetam aqueles de nós na casa dos vinte e trinta anos.

Desde os desafios de começar uma carreira e cuidar da nossa saúde mental, até a emoção de começar uma família, adotar um animal de estimação ou apenas fazer amigos quando adulto.

Os artigos desta série exploram as questões e trazem respostas enquanto navegamos neste período turbulento da vida.

A pesquisa em comportamento organizacional identificou o sono como importante para ser eficaz no trabalho.

Por exemplo, meus colegas e eu realizamos estudos diários nos quais os funcionários respondem a pesquisas várias vezes ao dia durante várias semanas de trabalho.

Os resultados demonstram que nos dias com sono bom, em comparação com o sono ruim (ou seja, com maior qualidade ou duração do sono), os funcionários têm melhor desempenho em suas tarefas principais de trabalho, são mais engajados no trabalho e têm maior probabilidade de apoiar os colegas.

Enquanto isso, a falta de sono torna os funcionários mais propensos a procrastinar e se envolver em comportamento antiético, como reivindicar crédito pelo trabalho de outra pessoa.

Um estudo descobriu que nos dias após os gerentes terem um sono de pior qualidade, seus funcionários relataram ocasiões mais frequentes de supervisão abusiva, como fazer comentários negativos sobre eles na frente de outros colegas.

O sono é particularmente importante para habilidades cognitivas de alto nível que usamos para controlar e coordenar nossos pensamentos e comportamentos.

Uma habilidade cognitiva vital que depende particularmente de um bom sono é o autocontrole ou força de vontade.

Muito do que fazemos no trabalho requer força de vontade. Precisamos de força de vontade para controlar nossos impulsos e emoções, para concluir tarefas menos agradáveis ​​ou totalmente desagradáveis ​​e para resistir às distrações durante o trabalho.

Exemplos de situações que exigem força de vontade no trabalho podem incluir alguém em uma função voltada para o cliente, prestando serviço com um sorriso, mesmo que não esteja realmente de bom humor, ou alguém trabalhando remotamente com foco em uma tarefa desafiadora enquanto seus filhos brincam ao fundo .

Existem muitas pesquisas que destacam a importância de um bom sono e fornecem recomendações para melhorá-lo, como evitar o uso de smartphones antes de dormir.

Mas, de vez em quando, a maioria de nós ainda terá uma noite ruim, especialmente se estivermos estressados.

Então, como podemos funcionar bem no trabalho no dia seguinte?

1. Seja estratégico em relação às tarefas em que você trabalha

Se possível, evite tarefas de trabalho que exijam força de vontade nos dias em que você não dormiu bem na noite anterior. Em vez disso, trabalhe em tarefas simples e que não exijam muito raciocínio ou atenção.

Se você não consegue evitar tarefas que exigem força de vontade, programe-as para o início do dia, pois é quando você provavelmente terá mais energia mental.

2. Repense sua mentalidade

A pesquisa mostra que a maneira como as pessoas pensam sobre a força de vontade molda sua capacidade de envolvê-la.

Uma teoria sugere que exercer força de vontade drena nossa energia mental, o que nos torna menos dispostos e capazes de exercê-la novamente.

Mas as pessoas que acreditam fortemente que a força de vontade depende de recursos mentais limitados sentem-se mais esgotadas depois de exercer a força de vontade em comparação com as pessoas que acreditam que isto depende de recursos ilimitados que podem ser facilmente recuperados.

De acordo com minha pesquisa, funcionários que acreditam que a força de vontade depende de recursos ilimitados dessa forma têm melhor desempenho no trabalho nos dias em que não dormem.

Portanto, embora os pesquisadores ainda estejam trabalhando para entender os limites da força de vontade, você pode tentar reconsiderar sua visão de como o uso intenso da força de vontade esgota sua energia mental.

3. Se você não pode mudar a si mesmo, mude sua situação

Se você está de dieta, é mais fácil não comprar chocolate no supermercado em primeiro lugar do que abster-se de comê-lo toda vez que abrir o armário da cozinha.

A pesquisa mostrou que as pessoas que são muito boas em exercer força de vontade, na verdade, tentam evitar situações que exijam isso.

Em um experimento, quando dada a opção de trabalhar em uma tarefa em uma sala com poucas distrações em comparação com muitas, as pessoas que exerciam melhor a força de vontade eram mais propensas a escolher a sala com menos distrações.

Portanto, especialmente nos dias em que você teve uma noite de sono ruim, estratégias que evitam a necessidade de exercer totalmente a força de vontade podem ajudá-lo a ser mais produtivo e concluir suas tarefas de trabalho.

4. Assista a um vídeo engraçado

As emoções positivas podem ajudar a restaurar nossa energia mental, pois neutralizam os efeitos nocivos das emoções negativas.

Em um estudo recente, meus colegas e eu descobrimos que assistir a um vídeo engraçado durante o dia pode reduzir os efeitos mentais nocivos das demandas de trabalho que exigem força de vontade e, assim, aumentar a eficácia dos funcionários. Portanto, nos dias em que você não dormiu bem, pode ser útil distrair-se brevemente assistindo a um vídeo engraçado quando sentir que sua energia mental está baixa. Mas fique atento para não ficar viciado.

*Autor: Wladislaw Rivkin, professor associado em comportamento organizacional, no Trinity College, em Dublin, na Irlanda

Fonte R7

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