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New York Times: Fernanda Torres segue os passos de Fernanda Montenegro e brilha rumo ao Oscar

Foto: Divulgação
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Fernanda Torres, uma das mais reconhecidas atrizes brasileiras, está brilhando em Hollywood com o filme Ainda Estou Aqui. O longa não só reacendeu historias no Brasil, como também aumentou as chances da atriz ser indicada ao Oscar de Melhor Atriz, 25 anos após sua mãe, Fernanda Montenegro, fazer história na mesma premiação.

O drama, dirigido por Walter Salles, tem conquistado plateias ao retratar a trajetória da família Paiva, impactada pela ditadura militar que assolou o Brasil entre 1964 e 1985. “Quero dizer, o Brasil produziu algo como ela, entende? Foi muito bonito”, afirmou Torres, referindo-se à carreira icônica de sua mãe e à força da produção nacional.

Um filme que resgata memórias dolorosas

Ambientado nos anos 1970, Ainda Estou Aqui acompanha Eunice Paiva, vivida por Torres, e os desafios enfrentados após o desaparecimento de seu marido, o ex-deputado Rubens Paiva, interpretado por Selton Mello.

A obra lança luz sobre um período sombrio da história brasileira. “A história pessoal da família Paiva é a história coletiva de um país”, destacou o diretor Walter Salles.

O impacto do filme foi imediato: mais de 2,5 milhões de pessoas já assistiram ao drama nos cinemas, tornando-o um público de bilheteria . Além disso, a produção corteses grava ao superar sucessos como Wicked e Gladiador 2 nas telonas brasileiras.

Relevância atual e impacto internacional

Lançado em um momento de instabilidade política no Brasil, o filme dialoga diretamente com o presente. Durante sua exibição, as investigações sobre conspirações envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro trouxeram à tona a urgência de revisitar traumas do passado. Marcelo Rubens Paiva, autor do livro que modernizou o filme, afirmou: “Essa história não está apenas no nosso passado.”

Internacionalmente, Ainda Estou Aqui já conqistou reconhecimento, vencendo o prêmio de melhor roteiro no Festival de Veneza e recebendo uma ovação de dez minutos. A Sony Pictures Classics, responsável pela distribuição global do longa, também aposta em uma campanha forte para garantir a periodicidade do Oscar.

Uma possível nova indicação ao Oscar

Caso Fernanda Torres seja indicada, será um marco em sua carreira e um momento histórico para o cinema brasileiro. Apesar da competição acirrada, que inclui nomes como Angelina Jolie e Nicole Kidman, especialistas ouvidos pelo New York Times acreditam que a atriz tem chances reais de entrar na disputa. “Seria uma história incrível seguir minha mãe”, comentou Torres. “Agora, ganhe — considero impossível.”

Sua mãe, Fernanda Montenegro, foi indicada em 1999 por Central do Brasil , outro trabalho icônico de Walter Salles. Na época, muitos consideraram sua derrota para Gwyneth Paltrow uma injustiça. “Houve um sentimento de que ela foi profundamente injustiçada”, registrou a crítica Isabela Boscov.

Ao jornal, a atriz disse que uma eventual indicação, como sua mãe obteve, “seria uma história incrível”. “Agora, ganhar, acho impossível”, acrescentou. O jornal acrescentou que apenas duas atrizes ganharam prêmios por papéis principais em filmes estrangeiros desde a primeira cerimônia do Oscar, em 1929.

Cinema como instrumento de memória

Além de seu apelo artístico, Ainda Estou Aqui cumpre o papel de preservação da memória nacional. “O cinema reconstrói a memória”, afirmou Walter Salles, destacando a importância de histórias como a da família Paiva em um país que, ao contrário de outros vizinhos da América Latina, ainda não responsabilizou os militares por crimes cometidos durante a ditadura.

O filme é um lembrete poderoso de que o passado ainda ressoa no presente. Como disse Sara Chaves, espectadora no Rio de Janeiro: “Há essa sede de saber mais.”

Um legado de família: Fernanda Torres e Fernanda Montenegro

Para Fernanda Torres e Fernanda Montenegro, o momento vai além do reconhecimento artístico. Dividir a jornada de um personagem em um filme tão relevante trouxe também um simbolismo pessoal. “Isso também é um legado de vida, de profissão”, disse Montenegro, emocionado.

Juntas, mãe e filha reafirmam a força do cinema brasileiro, com um sorriso que reflete a força de suas histórias. “Por acaso, ainda estou aqui”, finalizou Montenegro, com a sabedoria de quem ajudou a construir esse legado.

Ainda estou aqui em exibição nos cinemas e já é a submissão oficial do Brasil na categoria de melhor filme internacional no Oscar 2025.

Fonte Ei Nerd

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