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Brasil

Novembro Azul: câncer de próstata mata em média 47 homens por dia no país

Foto: Divulgação
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Dados se referem a 2023; quase 200 novos casos da doença são registrados diariamente no Brasil

Cerca de 47 homens morreram por dia em 2023 devido aocâncer de próstata. Ao todo, foram 17,1 mil vítimas da doença no Brasil no ano passado, segundo dados do Ministério da Saúde.

O número alerta para a importância dos exames preventivos e da identificação precoce de alterações na próstata. No entanto, mesmo com as campanhas do Novembro Azul, alguns testes ainda são tidos como tabu.

Atualmente o câncer de próstata é o segundo tipo mais comum entre os homens em todas as regiões do país. São cerca de 196 novos casos da doença identificados por dia, de acordo com o Inca (Instituto Nacional de Câncer).

Segundo estudo realizado pela Comissão de Câncer de Próstata, publicado este ano, o cenário pode se agravar. O levantamento da comissão aponta para a duplicação de casos de câncer de próstata no mundo, com aumento de 85% das mortes até 2040.

Diagnóstico precoce

Um aliado no combate à doença é o diagnóstico precoce. Caso identificado nos estágios iniciais, o câncer de próstata tem índice de cura de 90%. Por isso, para a diretora de comunicação da SBU (Sociedade Brasileira de Urologia), Karin Anzolch, o caminho é a conscientização.

Ela lembra que as mulheres, depois de serem acompanhadas pelos pediatras, migram imediatamente para os ginecologistas. Assim, elas têm “a oportunidade de conversar com seu médico e de acompanhar diversos aspectos preventivos relacionados à sua saúde”, aponta.

“No entanto, o homem, depois do acompanhamento pediátrico, cai em uma espécie de limbo, retornando ao médico apenas pontualmente, quando está doente”, observa Anzolch.

Câncer de próstata é o segundo mais comum no BrasilLuce Costa/Arte

A especialista alerta que muitas doenças são silenciosas, como o próprio câncer de próstata, que pode se desenvolver antes mesmo de produzir algum sintoma. Ela reforça, por exemplo, que hoje o homem vive, em média, sete anos a menos do que as mulheres.

“Apesar de já existir a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem desde 2009, ainda há muito o que fazer para se oportunizar e incentivar os cuidados necessários com a saúde masculina e suas peculiaridades também através do Sistema Único de Saúde”, reforça.

Preconceito

Para a especialista, um dos grandes desafios é o preconceito.

“Apesar de tudo o que já se desmistificou, ainda há muitos homens que veem nos cuidados com a saúde uma fraqueza, não uma qualidade. Outra questão que permanece tabu para muitos é em relação ao exame da próstata, o toque retal. Há que se enfrentar e desmistificar tudo isso”, observa.

Anzolch alerta que o câncer de próstata é uma doença silenciosa, que possui uma janela de oportunidade importante para a intervenção médica.

“Assim, independentemente de ter sintomas, é importante que todo o homem converse sobre sua saúde e procure se orientar a respeito dos exames preventivos. A SBU recomenda que todo o homem acima de 50 anos faça sua avaliação e, se estiver em grupo de risco, comece mais cedo, por volta dos 45 anos”, orienta.

Ela pontua que os principais fatores de risco além da idade são o histórico familiar da doença, “sobretudo em se tratando de pai, avô e irmão, e indivíduos da raça negra”. “Outros fatores, como obesidade e sedentarismo, também são complicadores e devem ser enfrentados”, pontua.

Fonte R7

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