Indaiatuba
Polícia Civil cumpre mandados contra esquema de pirâmide financeira em Indaiatuba
Mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Indaiatuba (SP), Itu (SP), Jundiaí (SP), São Paulo (SP), Diadema (SP) e Santos (SP). Alvo é empresa criada para aplicar as fraudes; entenda.
Policiais da Divisão Especializada de Investigações Criminais (DEIC) de Campinas (SP) cumpriram, na manhã desta quarta-feira (16), 13 mandados de busca e apreensão em investigação contra crimes de estelionato praticados através de pirâmide financeira na região. Os golpes aplicados durante o esquema são estimados em R$ 300 milhões.
Segundo a Polícia Civil, os mandados foram cumpridos nas cidades de Indaiatuba (SP), Itu (SP), Jundiaí (SP), São Paulo (SP), Diadema (SP) e Santos (SP) e tiveram como alvo uma empresa que teria sido criada com o intuito de aplicar os golpes.
Durante a operação, chamada de “Queóps”, foram apreendidos documentos, celulares, computadores, notebooks, cartões de memória e pen drives, que devem passar por perícia.
Esquema atingiu R$ 300 milhões em golpes
As investigações apontam que a empresa investigada, chamada inicialmente de Agro S/A, adquiriu um Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) de maneira fraudulenta ao falsificar documentos de outras empresas para obter um registro mais antigo e, assim, transparecer maior credibilidade.
Profissionais como contadores, advogados e marqueteiros, entre outros são suspeitos de participar do esquema e também estão sendo investigados.
De acordo com a instituição, a empresa dizia que atuava em negociação de commodities agrícolas e tentava incentivar investidores a recrutarem outros investidores, sendo esse um requisito obrigatório para obter lucros. No entanto, segundo as investigações, todo o lucro da empresa vinha através de novos aportes.
“As pessoas eram atraídas com marketing pesado, com a participação de artistas, celebridades, de jornalistas renomados. Eram feitos fóruns, discussões pela internet, isso era bastante difundido, e as pessoas eram levadas a acreditar em lucros astronômicos em supostos investimentos de cotas de agronegócio, commodities”, disse o delegado Fernando Santos Sanches.
Dessa maneira, a Polícia Civil estima que o esquema tenha conseguido atingir R$ 300 milhões com todos os golpes. A instituição não informou desde quando esses golpes estavam sendo aplicados.
Ainda conforme as apurações, após algumas vítimas perceberem que estavam sendo enganadas e fazerem denúncias, a empresa passou a se chamar Pacific Bank, Quivra, Tamino.
Fonte: G1