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Dodôs, mamutes e lobo-da-Tasmânia: empresa planeja ‘ressuscitar’ espécies desaparecidas, nos EUA; entenda

Foto: Divulgação
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Cientistas acreditam que os estudos sobre antigos animais podem ajudar na preservação de espécies ameaçadas de extinção atualmente

Um grupo de cientistas da Colossal Biosciences, a primeira empresa de “desextinção” do mundo, desenvolveram células-tronco de elefante que poderiam ser transformadas em qualquer tecido do corpo. A descoberta ocorreu durante estudos para modificar geneticamente elefantes com pelos e características encontradas em mamutes peludos extintos.

As pesquisas começaram em 2021, quando a Colossal anunciou um ambicioso projeto em trazer de volta à vida o mamute-lanudo (Mammuthus primigenius), um grande mamífero herbívoro que viveu no Pleistoceno e está extinto há cerca de 4 mil anos, nas tundras do Ártico.

Elefante no Parque Nacional do Amboseli, no Quênia — Foto: Christian Cravo
Elefante no Parque Nacional do Amboseli, no Quênia — Foto: Christian Cravo

Ainda assim, a empresa também afirma que pode ajudar espécies que estão ameaçadas de extinção hoje. Eriona Hysolli, chefe de ciências biológicas da empresa norte-americana, disse que as células seriam capazes de ajudar a proteger os elefantes vivos. Os investigadores poderiam criar um fornecimento abundante de óvulos da espécie para programas de reprodução.

O Dodô era uma espécie endêmica das Ilhas Maurício — Foto: Reprodução/Colossal Biosciences
O Dodô era uma espécie endêmica das Ilhas Maurício — Foto: Reprodução/Colossal Biosciences

Além do mamute, a Colossal Biosciences tem como foco outras espécies que também desapareceram ao longo dos anos. O Dodô é um exemplo – maior que um peru e incapaz de voar, o pássaro com um bico curvado distinto era endêmico da ilha Maurício, até ser caçado por seres humanos, que também introduziram predadores e pragas no local, destruindo o habitat. O último indivíduo da espécie foi morto em 1681. A empresa também anunciou planos para trazer de volta o lobo-da-tasmânia, que é um marsupial listrado e carnívoro que foi extinto em 1936.

Lobo-da-tasmânia — Foto: Reprodução
Lobo-da-tasmânia — Foto: Reprodução

“Esta parceria impulsionará o desenvolvimento de novas tecnologias com aplicações imediatas de conservação para marsupiais que atualmente enfrentam grandes pressões ecológicas, bem como sustentará a desextinção do predador de topo marsupial único, o tilacino”, explica o Professor de Biociências no Laboratório TIGRR da Universidade de Melbourne, Andrew Pask.

Conhecido também como tilacino ou tigre-da-tasmânia, esse animal foi extinto em 1936, e possuía aparência esbelta e atlética, com pelagem de cor amarela-amarronzada a cinza e de 15 a 20 listras escuras distintas nas costas, dos ombros até a cauda. Seu crânio parecido com o de um cachorro, mas com mandíbulas grandes que continham cerca de 46 dentes afiados.

Pesquisadores tentam a 'desextinção' do Lobo-da-tasmânia — Foto: Reprodução
Pesquisadores tentam a 'desextinção' do Lobo-da-tasmânia — Foto: Reprodução

A Colossal quer ser a primeira empresa a utilizar a tecnologia com sucesso na recuperação de espécies anteriormente perdidas. Segundo o site oficial, eles procuram desenvolver softwares e tecnologias radicais para serem implementadas no avanço da ciência genômica.

Fonte O Globo

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