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Dodôs, mamutes e lobo-da-Tasmânia: empresa planeja ‘ressuscitar’ espécies desaparecidas, nos EUA; entenda
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Cientistas acreditam que os estudos sobre antigos animais podem ajudar na preservação de espécies ameaçadas de extinção atualmente
Um grupo de cientistas da Colossal Biosciences, a primeira empresa de “desextinção” do mundo, desenvolveram células-tronco de elefante que poderiam ser transformadas em qualquer tecido do corpo. A descoberta ocorreu durante estudos para modificar geneticamente elefantes com pelos e características encontradas em mamutes peludos extintos.
As pesquisas começaram em 2021, quando a Colossal anunciou um ambicioso projeto em trazer de volta à vida o mamute-lanudo (Mammuthus primigenius), um grande mamífero herbívoro que viveu no Pleistoceno e está extinto há cerca de 4 mil anos, nas tundras do Ártico.
![Elefante no Parque Nacional do Amboseli, no Quênia — Foto: Christian Cravo](https://s2-oglobo.glbimg.com/vrbW2HNog6Mafh3fDj-IB1ScexM=/0x0:1111x741/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/4/q/NTNGYrQg2BjrM705dHYQ/053a2598.jpg)
Ainda assim, a empresa também afirma que pode ajudar espécies que estão ameaçadas de extinção hoje. Eriona Hysolli, chefe de ciências biológicas da empresa norte-americana, disse que as células seriam capazes de ajudar a proteger os elefantes vivos. Os investigadores poderiam criar um fornecimento abundante de óvulos da espécie para programas de reprodução.
![O Dodô era uma espécie endêmica das Ilhas Maurício — Foto: Reprodução/Colossal Biosciences](https://s2-oglobo.glbimg.com/5xExPYNCVSG_0UChLC52O4v7D2w=/0x0:904x512/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2024/2/2/0qJwHMTSmHZbZimjWNlQ/dodo.webp)
Além do mamute, a Colossal Biosciences tem como foco outras espécies que também desapareceram ao longo dos anos. O Dodô é um exemplo – maior que um peru e incapaz de voar, o pássaro com um bico curvado distinto era endêmico da ilha Maurício, até ser caçado por seres humanos, que também introduziram predadores e pragas no local, destruindo o habitat. O último indivíduo da espécie foi morto em 1681. A empresa também anunciou planos para trazer de volta o lobo-da-tasmânia, que é um marsupial listrado e carnívoro que foi extinto em 1936.
![Lobo-da-tasmânia — Foto: Reprodução](https://s2-oglobo.glbimg.com/W_xh7-7rnynHudj10qs58PgJ4qg=/0x0:418x402/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2024/z/k/kouUIlRnABznDYNtvyJQ/3a7094b9-3d58-40f4-9eb3-47f49be77572.jpg)
“Esta parceria impulsionará o desenvolvimento de novas tecnologias com aplicações imediatas de conservação para marsupiais que atualmente enfrentam grandes pressões ecológicas, bem como sustentará a desextinção do predador de topo marsupial único, o tilacino”, explica o Professor de Biociências no Laboratório TIGRR da Universidade de Melbourne, Andrew Pask.
Conhecido também como tilacino ou tigre-da-tasmânia, esse animal foi extinto em 1936, e possuía aparência esbelta e atlética, com pelagem de cor amarela-amarronzada a cinza e de 15 a 20 listras escuras distintas nas costas, dos ombros até a cauda. Seu crânio parecido com o de um cachorro, mas com mandíbulas grandes que continham cerca de 46 dentes afiados.
![Pesquisadores tentam a 'desextinção' do Lobo-da-tasmânia — Foto: Reprodução](https://s2-oglobo.glbimg.com/z66b45zOl8QDtU4o0GmHnPvOgLE=/0x0:526x366/600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2024/R/X/2es0AUR7qGSxxboojjWg/design-sem-nome-10-1-.gif)
A Colossal quer ser a primeira empresa a utilizar a tecnologia com sucesso na recuperação de espécies anteriormente perdidas. Segundo o site oficial, eles procuram desenvolver softwares e tecnologias radicais para serem implementadas no avanço da ciência genômica.
Fonte O Globo