Internacional
Exame de DNA aponta para possível causa da morte do faraó Tutancâmon

Exames realizados por egípcios e alemães mostram infecções que podem ter levado o jovem nobre egípcio à morte aos 18 anos
Mesmo tendo reinado o Egito entre 1332 e 1323 a.C., o faraó Tutancâmon habita o inconsciente coletivo desde que sua tumba foi descoberta em 1922, com sua máscara mortuária feita em ouro virando o símbolo da civilização antiga. A curta existência do regente, que viveu apenas 18 anos, sempre foi envolta em grande mistério, seja pelo tempo que nos separa dos dias em que viveu, seja pela forma como seus sucessores, ladrões e intempéries apagaram maiores registros sobre ele. Mas exames de DNA apontam a causa mortis da figura história.
Após mais de meio século de debates sobre o que levou o jovem faraó à morte prematura – que incluiu até uma teoria de assassinato – exames genéticos apontaram para uma hipótese sem a aura pesada de conspiração que aponta para um inimigo muito menor.
Após analisar os restos mortais do Rei Tut, os pesquisadores encontraram evidências genéticas que sugerem que ele encontrou seu fim por conta de repetidos surtos de malária. A doença tem tratamento nos dias de hoje, mas, há cerca de 3.300 anos, quando “Tut” viveu, ter contato com os protozoários parasitários do género Plasmodium era praticamente uma sentença de morte.
“Os testes mostram que Tutancâmon foi infectado com malária que pode tê-lo matado”, afirmou Tim Batty, gerente geral da Exposição de Tutancâmon. Ele mencionou também que os avós do faraó Amenhotep III e Tiye também morreram da doença. “É outra peça do grande quebra-cabeça que envolve a vida e a morte de Tutancâmon”, disse Batty.
Os exames também apontaram que o chamado “rei menino” foi vítima da prática de casamentos consanguíneos realizados entre seus parentes, desenvolvendo várias comorbidades que podem ter contribuído para sua curta vida. Ele governou o Egito por apenas nove anos até a sua morte.
Um documentário da BBC em 2014, intitulado ‘Tutankhamon: The Truth Uncovered’ (‘Tutâncamon: A Verdade Revelada’, em tradução literal), também ressurgiu, focando em uma análise de DNA que determinou que os pais do Rei Tut eram irmãos.
O recente estudo foi conduzido pelo Centro Nacional de Pesquisa da Faculdade de Medicina da Universidade do Cairo e dois especialistas alemães em DNA e usou os restos mortais da múmia do faraó encontrados em 1922 pelo arqueólogo britânico Howard Carter.
Fonte Revista Money