Economia
‘Inflação do churrasco’: preço da picanha cai, mas cerveja fica mais cara em 12 meses
Carnes, frango e linguiça estão mais em conta, mas pão de alho, vinagrete e bebidas se tornaram principais vilões da alta de preços
Fazer um churrasco com os amigos no fim de semana está custando caro para o bolso do brasileiro. O resultado do IPCA, a inflação oficial do país, mostrou que, apesar da queda dos preços das carnes e da linguiça, itens como cerveja, pão de alho e vinagrete aumentaram e se tornaram os vilões dessa que é uma comemoração tão comum da família brasileira.
A inflação acumula alta de 1,42% no ano e 3,93% nos últimos 12 meses. Em março, o índice desacelerou e ficou em 0,16%. Os dados foram divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na última quinta-feira (10).
Considerando o acumulado dos últimos 12 meses, a tradicional cerveja gelada dos brasileiros ficou mais cara. Em média, o preço da bebida subiu 4,22% nesse período.
Quem prefere refrigerante sentiu mais ainda o peso da inflação. Em 12 meses, o produto registrou alta de 5,83%.
Outro queridinho do churrasco, o pão de alho também encareceu nos últimos 12 meses. O pão francês subiu 3,14%, pouco menos do que a inflação média registrada. O alho está 19,03% mais caro.
Para preparar o vinagrete (ou molho à campanha), o churrasqueiro da turma vai desembolsar 47,44% a mais no azeite de oliva. A cebola (36,87%), o tomate (22,24%) e o pimentão (12,52%) também inflacionaram nos últimos 12 meses.
Carne, frango e linguiça mais em conta
As carnes, o frango e a linguiça diminuíram de preço nos últimos 12 meses. As carnes bovinas – prato principal do churrasco – estão em média 8,17% mais baratas.
A picanha, a peça mais concorrida do espeto, acumula queda de 10,30% em 12 meses. A costela está custando 10,62% a menos. No período, a alcatra está 7,45% mais barata.
A queda foi menos intensa para o frango, outro item frequente. O brasileiro está pagando 2,57% a menos na hora de comprar a peça. Também figurando entre os pratos principais, a linguiça caiu 3,08% no acumulado de 12 meses.
Fonte R7