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Depois do lobo-terrível, saiba quais animais ‘extintos’ empresa quer reviver

foto: Reprodução
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Empresa vem desenvolvendo tecnologias que misturam edição genômica, clonagem e reprodução assistida

Após anunciar o nascimento dos primeiros filhotes com características do extinto lobo-terrível, a empresa norte-americana Colossal Biosciences já mira seus próximos projetos de desextinção. A startup de biotecnologia revelou nesta semana que trabalha para trazer de volta à vida outras três espécies: o mamute-lanoso, o dodô e o lobo-da-tasmânia.

Fundada com o propósito de aplicar engenharia genética para restaurar espécies extintas, a Colossal vem desenvolvendo tecnologias avançadas que misturam edição genômica, clonagem e reprodução assistida.

A iniciativa, segundo a companhia, pode abrir caminho não apenas para a conservação de espécies ameaçadas, mas também para inovações na biologia reprodutiva humana e animal.

Mamute-lanoso

O mamute-lanoso foi a última espécie de mamute que se adaptou às regiões mais a norte do planeta
O mamute-lanoso foi a última espécie de mamute que se adaptou às regiões mais a norte do planetaDivulgação/Colossal Biosciences

Uma das espécies em foco é o mamute-lanoso (Mammuthus primigenius), extinto há cerca de 4 mil anos. O animal, que habitou vastas regiões do Hemisfério Norte durante a Era do Gelo, é considerado uma peça-chave para estudos sobre megafauna e mudanças climáticas.

Para tentar trazê-lo de volta, a Colossal criou, em março deste ano, um rato-lanoso com traços genéticos do mamute, como pelos longos e metabolismo acelerado.

A pesquisa também envolve o uso do elefante-asiático, parente vivo mais próximo do mamute, como base genética e possível “mãe de aluguel” para embriões geneticamente modificados. A expectativa é que essa abordagem viabilize o nascimento de um híbrido com características do animal extinto.

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Dodô

Dodô é uma espécie extinta de ave da família dos pombos que era endêmica de Maurício, uma ilha no Oceano Índico
Dodô é uma espécie extinta de ave da família dos pombos que era endêmica de Maurício, uma ilha no Oceano ÍndicoReprodução/Colossal Biosciences

Outro foco da Colossal é o dodô (Raphus cucullatus), ave endêmica da ilha de Maurício, no Oceano Índico, extinta no século XVII após a chegada de colonizadores europeus e espécies invasoras. O dodô se tornou um símbolo emblemático das consequências da intervenção humana sobre o meio ambiente.

Segundo a empresa, os esforços para recriar o dodô envolvem o sequenciamento completo de seu genoma e a edição genética de aves vivas próximas, como o pombo-de-nicobar, considerado o parente mais próximo da espécie extinta.

Lobo-da-tasmânia

O lobo-da-tasmânia foi o maior marsupial carnívoro dos tempos modernos
O lobo-da-tasmânia foi o maior marsupial carnívoro dos tempos modernosReprodução/Colossal Biosciences

Também conhecido como tigre-da-tasmânia, o lobo-da-tasmânia (Thylacinus cynocephalus) foi o maior marsupial carnívoro dos tempos modernos. A espécie foi oficialmente declarada extinta na década de 1930, após décadas de caça e destruição de seu habitat na Austrália e na Tasmânia.

A Colossal pretende recriar o lobo-da-tasmânia por meio da edição genética de espécies de marsupiais atuais, como o dunnart, um pequeno marsupial carnívoro. A ideia é inserir genes do lobo-da-tasmânia no DNA do animal moderno, com o objetivo de gerar um embrião compatível.

Controvérsias

Apesar dos avanços científicos e do entusiasmo empresarial, os projetos da Colossal têm gerado ampla controvérsia entre cientistas e ambientalistas.

Especialistas alertam para os riscos ecológicos e éticos da reintrodução de espécies extintas, incluindo desequilíbrios nas cadeias alimentares, competição com espécies atuais e impactos imprevisíveis sobre ecossistemas modernos.

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“Estamos desenvolvendo tecnologias que nunca existiram antes, e elas podem transformar não só a conservação, mas também a biologia reprodutiva humana e animal”, afirmou Ben Lamm, CEO da Colossal, em entrevista à revista Time.

Fonte R7

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