Indaiatuba
Indaiatuba amplia monitoramento de mosquitos para controle de Dengue

Objetivo é detectar a circulação dos vírus antes mesmo que apareçam casos em pessoas
A Secretaria de Saúde, através do Centro de Operações Contra a Dengue, deu início ao planejamento da pré-temporada de combate à dengue e outras doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. A nova etapa do trabalho começou com a instalação de armadilhas em diferentes pontos da cidade para capturar mosquitos adultos e identificar, por meio de testes laboratoriais, a presença dos vírus dos quatro sorotipos da Dengue, Zika, Chikungunya e Febre Amarela.
O objetivo é detectar a circulação dos vírus antes mesmo que apareçam casos em pessoas, o que permite à equipe de saúde agir com mais rapidez e eficiência no controle do mosquito. A coleta dos mosquitos é feita semanalmente e as amostras são enviadas para análise utilizando a técnica chamada PCR em tempo real, que identifica se o inseto está infectado. Esse tipo de monitoramento já foi testado no Jardim João Pioli com bons resultados e, agora, está sendo realizado no Jardim Brasil e Carlos Aldrovandi.
Até dezembro, a previsão é instalar 90 armadilhas em locais estratégicos, sendo 60 até agosto. As primeiras unidades já começaram a funcionar nos bairros Jardim Brasil e Aldrovandi. “Essas armadilhas nos ajudam a traçar estratégias e monitorar nossas ações de controle. O mais importante é que elas permitem identificar mosquitos infectados antes mesmo que as pessoas fiquem doentes. Isso nos dá agilidade para agir rapidamente com larvicida e inseticida, evitando que a transmissão viral se espalhe. É uma forma de antecipar o problema, em vez de reagir quando ele já está instalado”, destacou o coordenador do Programa Municipal de Controle da Dengue, Ulisses Bernardinetti.
Essa iniciativa é parte de um plano preventivo que busca antecipar surtos de arboviroses e proteger a saúde da população de Indaiatuba. As armadilhas capturam fêmeas para ovoposição com atrativo de levedo de cerveja, possui uma ventoinha que puxa o mosquito ficando preso por sucção, a armadilha também conta com um sistema desenvolvido pelo Centro de Operações Contra a Dengue por uma tampa mecânica, caso acabe a energia, ela fecha o bocal da armadilha para os mosquitos não saírem, serão monitoradas semanalmente, recolhendo os mosquitos capturados, onde são congelados e enviando para o laboratório contratado em Minas Gerais, onde as amostras são processadas e retornando os resultados em menos de cinco dias.