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Economia

Reclamações de consumidores na Black Friday 2023 têm forte alta e chegam a 1.557 em SP

Consumidor tem direito a troca em compras online EDU GARCIA/R7
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Dados do Procon-SP mostram que a data comercial no ano passado contou com 899 reclamações

Procon-SP (Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor) registrou 1.557 reclamações de consumidores na Black Friday 2023 até as 17h da última segunda-feira (27), dia de prorrogação das ofertas, conhecido como Cyber Monday. O indicador representa alta de pelo menos 73% na comparação com a data comercial do ano passado, quando houve o registro de 899 queixas ao órgão.

É importante citar que esse número tende a ser maior, já que o balanço de 2022 divulgado pela autarquia apresentava dados de toda a Cyber Monday, sem o corte de horário das 17h.

Em 2023, o maior número de reclamações foi sobre atraso ou não entrega de pedidos, com 30,57% das ocorrências. Em segundo lugar está a mudança de preço ao finalizar a compra, com 14,19% das denúncias.

Ainda no ranking das queixas dos consumidores, na sequência vêm: pedido cancelado após finalização da compra (12,91%); maquiagem de desconto (12,4%); produto e/ou serviço entregue diferente do pedido, incompleto e/ou danificado (8,67%).

Empresas mais citadas

As companhias que tiveram o maior número de reclamações neste ano foram: Mercado Livre (16,44%); Carrefour (5,52%); Magazine Luiza, Netshoes, Época Cosméticos, Magalupay, Hub Fintech (5,46%); Via, Casas Bahia, Ponto Frio/Extra.com.br (3,4%); e Amazon (2,57%).

Cliente pode pedir cancelamento

Se o consumidor ficar insatisfeito com alguma compra, ele tem um prazo de sete dias para desfazer o negócio. Mas isso só se aplica, segundo o CDC (Código de Defesa do Consumidor), às compras feitas fora de estabelecimento comercial, em sites ou aplicativos de marcas e lojas, marketplaces ou por telefone.

O prazo para desistir da compra começa a contar da data da contratação ou do recebimento do produto.

“Mesmo se o cliente já abriu a embalagem, não precisa justificar o cancelamento. A devolução costuma ser feita pelos Correios, e o dinheiro que ele gastou pode ser recuperado de três maneiras: por meio de crédito, para outra compra no site; pela troca por outro produto; ou por crédito do valor em conta bancária”, diz a advogada Ana Luiza Fernandes de Moura, do escritório Celso Cândido de Sousa, especializada em direito do consumidor.

No caso de aquisições presenciais, a regra é diferente. A legislação não prevê o direito ao arrependimento.

Ana Luiza explica que cada loja tem sua política interna para trocas e devoluções. Como não há obrigação legal, o cliente que quiser desistir da compra feita presencialmente pode tentar negociar com a loja, sabendo que corre o risco de ouvir um “não”.

A Casas Bahia informou por meio de nota que antecipou o início da Black Friday para o fim de outubro, e as demandas avaliadas no Procon são, na maioria, de casos pontuais que já estão em tratativa. O Magalu afirmou em nota que reforça as equipes para que o atendimento aos consumidores funcione de maneira ininterrupta. Veja as notas na íntegra abaixo. As outras empresas citadas têm o espaço aberto para a publicação de notas.

Nota da Casas Bahia

“O Grupo Casas Bahia, dono das marcas Casas Bahia, Ponto, Extra.com.br e banQi, informa que antecipou o início da Black Friday para o final de outubro, e as demandas avaliadas no Procon tratam-se, em sua maioria, de casos pontuais que já estão em tratativa.

A companhia destaca que ampliou o índice de resolutividade das demandas recebidas de 2022 a 2023 em 8 pontos percentuais, e reforça ainda que o atendimento ao consumidor é seu pilar mais importante, por isso, são seus objetivo e preocupação oferecer a melhor experiência de compra ao cliente.”

Nota do Magalu

“Durante a Black Friday, a companhia reforça as equipes para que o atendimento aos consumidores funcione de maneira ininterrupta e para garantir a melhor experiência aos seus clientes. O Magalu ressalta que mantém um índice de solução no Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor (Sindec) acima da média, próximo a 85%, o que atesta a excelência da companhia no atendimento aos clientes. Todos os registros são devidamente acompanhados e tratados até a resolução final.

O Magalu também é referência no varejo nas demais plataformas, como Reclame Aqui e Consumidor.gov, mantendo índices de solução entre 85% e 95%, o que reforça seu total compromisso com o cliente.”

Fonte R7

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