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Economia

Renda dos brasileiros avança em 2022, mas está abaixo do pré-pandemia. Ricos perderam mais

Aplicativo do Auxílio Brasil: programa foi retomado no ano passado num valor mais alto, de R$ 600 — Foto: Arquivo/Agência O Globo
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Ganho médio per capita subiu 4,5%, para R$ 1.586 mensais no ano passado. Em 2019, era de R$ 1.668. Com Auxílio Brasil turbinado, renda dos 10% mais pobres saltou 59% em 2022

Depois dois anos de perda na renda, os brasileiros viram seus ganhos subirem em 2022. Considerando trabalho, auxílios do governo e outros rendimentos, como aluguel, a renda média per capita avançou 4,5% no ano passado, para R$ 1.586 mensais.

Ainda assim, está em patamar 5,17% inferior ao registrado antes da pandemia do coronavírus. Em 2019, a renda domiciliar per capita média do brasileiro foi de R$ 1.668.

Os números por classe social mostram o impacto que os auxílios do governo tiveram em amenizar as perdas de renda na pandemia. Em 2022, o governo Bolsonaro retomou o pagamento do Auxílio Brasil e, em agosto, às vésperas das eleições, aumentou o valor do benefício para R$ 600. Este acréscimo valeria até dezembro. Mas, em janeiro, o presidente Lula manteve o pagamento de R$ 600 no atual Bolsa Família.

Em todas as faixas de rendimento mais baixas – até o patamar de R$ 702 per capita – houve ganho de renda no ano passado, quando se compara com 2019. Entre os 10% mais pobres, com renda média de R$ 163, o rendimento médio em 2022 cresceu nada menos do que 59,2% em relação ao ano anterior. E, na comparação com 2019, o ganho foi de 23,9% para essas famílias.

Nas famílias que estão entre os 10% e os 20% mais pobres da população – com renda média de R$ 379 – o aumento no rendimento em 2022 foi de 22,9% em relação ao ano anterior e de 8,2% na comparação com 2019.

Entre os 10% mais ricos, perda de 9,7%

Mas, a partir do estrato médio da população – ou seja, das famílias que estão entre os 40% e os 50% mais pobres, com renda per capita de R$ 891 ou mais – há perdas quando se compara a situação de 2022 com o pré-pandemia.

A maior redução foi justamente entre os 10% mais ricos da população brasileira – ou seja, as famílias nas quais o rendimento médio domiciliar per capita é de R$ 6.448. Nesse grupo, a perda de renda foi de 9,7% em relação a 2019, ou seja, antes da pandemia.

Fonte O Globo

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