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Economia

Saiba quais grandes empresas puxam a onda de crises no varejo

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Companhias que já foram líderes em seus segmentos fazem o que podem para renegociar dívidas e se manterem vivas no mercado

É a recuperação judicial de uma, o pedido de falência de outra, tem aquela que recebeu ordem de despejo, e mais uma, que está reestruturando seu modelo de negócios. Dificilmente o consumidor brasileiro tenha testemunhado em algum outro momento uma crise tão grave afetando tantas empresas ao mesmo tempo. Antes de 2020, uma parte do setor de varejo já estava com problemas financeiros, mas a pandemia da Covid-19 acabou com os planos de crescimento de várias companhias, enquanto criou falsas expectativas em outras, que investiram muito mais do que podiam

crise da Americanas, que veio a público em 11 de janeiro, parece ser a maior em valores. Inicialmente, a empresa divulgou que havia encontrado inconsistências contábeis de R$ 20 bilhões ligadas à conta de fornecedores, mas logo se descobriu que o valor da dívida era o dobro. Após desentendimentos com alguns credores, em 11 de abril a varejista disse que acertou com alguns bancos a suspensão de disputas judiciais em curso

Gigante do varejo de moda, a Renner anunciou, no início do mês, a decisão de conter despesas reduzindo suas operações, com o encerramento das atividades de 20 lojas de suas marcas. No total, foram fechadas 13 lojas da Camicado, três da Youcom e quatro da Renner

A Lojas Marisa está em processo de revisão de suas dívidas e de seu modelo de negócio. No último dia 11, credores da empresa pediram sua falência, por conta de dívidas que chegam a R$ 882,7 mil 

A crise veio à tona em fevereiro, com uma ação de despejo contra a Tok&Stok. Depois, em abril, a consultoria de tecnologia Domus Aurea enviou à Justiça pedido de falência contra a varejista, por ela não ter lhe pagado R$ 3,8 milhões, referente a um projeto que foi suspenso. A dívida da Tok&Stok é estimada em R$ 600 milhões

Sem conseguiu honrar as dívidas como estava previsto em seu plano de recuperação judicial, a Livraria Cultura, teve a falência decretada pela Justiça no começo de fevereiro, mas obteve uma liminar que reverteu a decisão

Em 13 de abril, Justiça do Rio de Janeiro aceitou o pedido de recuperação judicial do Grupo Petrópolis, dono das marcas de cerveja Itaipava, Crystal e Petra, que havia feito essa solicitação em 27 de março. Naquele mês, as dívidas estavam estimadas em R$ 4,2 bilhões 

rede de lojas de artigos esportivos Centauro fechou dez unidades em janeiro, com o objetivo de reduzir as despesas e aumentar seus lucros. A decisão foi anunciada como uma resposta ao atual contexto econômico

A operadora de telecomunicações Oi entrou em processo de recuperação judicial em 2016, com dívida bruta de R$ 64 milhões, que foi reduzida para R$ 36 milhões no ano seguinte. Com o passar do tempo, houve mudanças nas propostas da empresa que, em dezembro de 2022, conseguiu sair da recuperação judicial

Em 7 de abril, depois de ver suas ações caírem quase 50% na Bolsa de Nova York, a Tupperware anunciou medidas para melhorar a estrutura de capital e a liquidez do negócio. Mesmo assim, seus papeis continuaram se desvalorizando. Com ‘dúvidas substanciais’, a empresa assumiu que pode não ter mais capacidade de continuar suas operações. Fundada em 1946, a Tupperware Brands Corporation é pioneira no armazenamento de alimentos e está em quase 70 países

No fim de fevereiro, a Justiça decretou a falência da fábrica de chocolates Pan Produtos Alimentícios, que estava em recuperação judicial desde 2021. A empresa, que ficou famosa pelo chocolate em formato de cigarrinho, já havia reconhecido sua incapacidade de honrar as dívidas de R$ 260 milhões, pediu a autofalência

Fonte R7

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