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Saúde

Tomar vitamina D pode reduzir o risco de ter demência, indica estudo

Estudos futuros ainda devem determinar doses adequadas de suplementação FREEPIK
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Pesquisadores abriram caminho para novas pesquisas que podem mostrar quais grupos se beneficiariam mais da suplementação do nutriente

Um estudo conduzido no Reino Unido encontrou indícios de que a vitamina D seja capaz de prevenir ou retardar o início da demência em indivíduos mais velhos.

Pesquisadores do Hotchkiss Brain Institute da Universidade de Calgary e da Universidade de Exeter analisaram dados de 12,3 mil pessoas, sendo que parte delas tomava suplementos de vitamina D.

Os resultados foram publicados neste mês na revista científica Alzheimer’s & Dementia.

“No geral, encontramos evidências que sugerem que a suplementação precoce pode ser particularmente benéfica, antes do início do declínio cognitivo”, diz em comunicado o professor Zahinoor Ismail, investigador principal do estudo.

Estudos anteriores já mostraram que a vitamina D pode fazer o cérebro funcionar melhor. Da mesma forma, a falta dela foi associada um envelhecimento cerebral mais avançado.

O estudo em questão não foi conclusivo. Os autores ressaltam que ele é um ponto de partida, pois definiu grupos que podem ser alvos de estudos para determinar o papel da suplementação de vitamina D.

Eles descobriram, por exemplo, que a menor incidência de demência ocorreu principalmente em mulheres que faziam suplementação de vitamina D, quando comparadas aos homens.

Outro recorte mostrou ainda que a suplementação teve efeito menor em quem já apresentava algum comprometimento leve de cognição.

“A ligação com a vitamina D neste estudo sugere que tomar suplementos de vitamina D pode ser benéfico na prevenção ou retardo da demência, mas agora precisamos de ensaios clínicos para confirmar se esse é realmente o caso”, complementa o professor Byron Creese, coautor do trabalho.

Não foram analisadas durante o estudo, por exemplo, as doses que os indivíduos tomavam.

Agora, outras pesquisas já estão em andamento para obter dados mais precisos sobre a suplementação e seu verdadeiro papel na redução do risco de demência.

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), atualmente 55 milhões de pessoas vivem com demência em todo o planeta, das quais entre 60% e 70% têm Alzheimer.

Com o envelhecimento da população, estima-se que a demência poderá atingir 78 milhões de pessoas daqui a oito anos e 139 milhões até 2050.

Cabe ainda ressaltar que a vitamina D não é inofensiva, e qualquer pessoa que deseje tomar suplementos deve passar por um médico e fazê-lo sob acompanhamento.

O excesso de vitamina D pode causar problemas de saúde.

Os principais sintomas do excesso desse nutriente incluem anorexia, perda de peso, arritmia cardíaca, endurecimento dos vasos sanguíneos devido ao aumento do cálcio no sangue, possíveis danos no coração e a formação de pedras nos rins.

Fonte R7

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