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Política

Oposição acusa general G. Dias de ignorar alertas da Abin sobre invasão de prédios em 8 de janeiro

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Bruno Spada/Câmara dos Deputados
G. Dias disse que exerceu efetivamente ação de comando na segurança do Palácio do Planalto

Deputados de oposição criticaram a atitude do general Marco Edson Gonçalves Dias, conhecido como G.Dias, depois de ter sido avisado sobre possíveis atos de violência nas manifestações e apontaram contradições no depoimento dele na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos de 8 de janeiro. Ele foi considerado omisso.

O deputado Delegado Ramagem (PL-RJ) ressaltou a responsabilidade do ex-ministro no 8 de janeiro. “O senhor recebeu diversos alertas da Abin, que foram 33, que foram verdadeira inteligência corrente, assertiva, correta, em tempo real, que se mostraram verdadeiros, porque aconteceram o que foi previsto: diversos ônibus chegando, manifestantes com intuito de invasão e de quebra de patrimônio público.”

Em sua fala inicial à CPMI, o general disse que exerceu efetivamente ação de comando na segurança do Palácio do Planalto em meio ao que ele considerou um levante antidemocrático e um ataque inédito. “[Hoje] Seria mais duro do que fui na repressão, faria diferente, embora sabendo que envidei todos os esforços para preservar a vida de cidadãs e cidadãos brasileiros sem derramamento de sangue”, afirmou.

Deputados da base aliada ao governo não viram indícios de omissão no comportamento do general, mas o criticaram por ter mantido na equipe do GSI integrantes do governo anterior. “A montanha pariu um rato nesse dia de hoje, porque toda a tentativa era dizer que houve dolo do general Gonçalves Dias nesse processo. Ele admite a possibilidade de falhas e pede que a sindicância apure, ele não está querendo acusar os seus colegas de equipe”, disse a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ).

O general criticou o acampamento de manifestantes em frente ao QG do Exército, em Brasília, e declarou que a permanência deles no local incomodou o governo, as Forças Armadas e as forças federais de segurança.

O depoimento continua no plenário 2 da ala Nilo Coelho, no Senado Federal.

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