Entretenimento
Invocação do Mal | Conheça as histórias reais por trás dos filmes

Longas se baseiam em casos reais investigados por Lorraine e Ed Warren
Criada em 2013, Invocação do Mal se tornou uma das franquias de terror mais festejadas – e lucrativas – do cinema moderno. Entre sequências e spin-offs, nove títulos já foram lançados, com direito a um décimo a caminho: Invocação do Mal 4, que estreia em 4 de setembro com a promessa de encerrar a saga-matriz.
Boa parte desse êxito talvez se deva à curiosidade despertada pelo fato de os longas se inspirarem em casos sobrenaturais reais. Ed e Lorraine Warren, o casal de paranormais interpretados por Patrick Wilson e Vera Farmiga, de fatos existiram e ficaram famosos por investigarem atividades paranormais ao longo de décadas. Lorraine faleceu recentemente, em 2019, mais de dez anos após a perda do marido, em 2006.
Juntos, eles fundaram a Sociedade de Pesquisa Psíquica da Nova Inglaterra, em 1952 e intervieram em mais de 4 mil ocorrências supostamente sobrenaturais, alguns dos quais transformaram em livros – que, por sua vez, ganharam adaptações para TV e cinema.
Conheça mais sobre as histórias reais que inspiraram os títulos do ‘Invocaverso’:
INVOCAÇÃO DO MAL (2013)
A obra remonta a um caso investigado pelos Warren em 1970, no estado norte-americano de Rhode Island. Eles foram chamados para ajudar o casal Roger e Carolyn Perron a lutar contra supostos fantasmas que se manifestavam em sua casa, levitando camas, derrubando objetos como quadros e cadeiras e até puxando os cabelos de suas filhas.
O responsável por tamanho caos seria o espírito de Bathsheba Sherman, uma suposta bruxa satanista que teria se enforcado há décadas, atrás do celeiro da propriedade. A entidade teria conseguido, inclusive, possuir o corpo de Carolyn, chegando a arremessá-la por seis metros durante uma sessão de exorcismo.
Diferente do que mostra o filme, os Warren não conseguiram acalmar a ira das forças malignas na residência, que acabou sendo abandonada pelos Perron em 1980.
INVOCAÇÃO DO MAL 2 (2016)
A sequência se inspira diretamente no caso que ficou conhecido como o “Poltergeist de Einfeld”, no norte de Londres, em 1977.
Tudo começou quando a cidadã Peggy Hodgson ganhou destaque na mídia internacional ao denunciar a existência de atividades paranormais em sua casa, com móveis se movendo sozinhos e sua filha de 11 anos, Janet, demonstrando sinais de possessão maligna.
Fotos publicadas pela imprensa da época mostram, inclusive, a criança levitando muito acima da própria cama durante uma sessão de exorcismo, em meio ao que parece um grito gutural.
Em entrevista ao jornal britânico The Telegraph, no ano de lançamento do filme, Peggy admitiu ter mentido em algumas declarações à imprensa sobre as atividades sobrenaturais em sua casa, a fim de atrair mais mídia para o caso. Ela assegura, entretanto, que a maior parte dos relatos é totalmente real.
INVOCAÇÃO DO MAL 3: A ORDEM DO DEMÔNIO (2021)
Este se baseia no primeiro caso da história jurídica dos Estados Unidos em que uma possessão demoníaca foi usada como argumento de defesa em um julgamento por assassinato.
Preso em fevereiro de 1981 pelo assassinato de Alan Bono, seu senhorio, Arne Cheyenne Johnson alegou estar sob o controle de uma entidade no momento do crime. “As cortes já lidaram com a existência de Deus. Agora, elas terão de lidar com a existência do Diabo”, teria dito o advogado do réu, Martin Minella, no tribunal.
A possessão do rapaz teria tido ensejo durante um ritual de exorcismo de David Glatzel, cunhado de 12 anos de Arne, prévio ao crime. Durante a sessão, o réu teria desafiado o demônio a possuí-lo para livrar a criança. Ed e Lorraine Warren, que haviam ministrado o ritual, chegaram a depor a favor de Arne em juízo.
Mesmo assim, o réu acabou condenado pelo crime a passar entre 10 e 20 anos de cadeia, sendo liberado cinco anos depois, por bom comportamento.
INVOCAÇÃO DO MAL 4: O ÚLTIMO RITUAL
O capítulo derradeiro – e ainda inédito – da saga dos Warren no cinema se baseia no caso documentado pelos personagens reais em 1985, na Pensilvânia.
Jack Smurl e sua esposa Janet recorreram ao casal de paranormais para investigar estranhas manifestações sobrenaturais em sua casa. As queixas envolviam gritos de origem desconhecida, objetos se movendo sozinhos, arremesso sobrenatural de um cão e até uma violência sexual cometida pela entidade misteriosa contra Jack.
Ed e Lorraine concluíram que o responsável por tudo era um demônio, que utilizava três espíritos desencarnados – de uma mulher idosa, uma jovem com tendências violentas e um homem falecido naquela casa – para atormentar a família Smurl.
O caso só pareceu se solucionar por volta do final da década, quando um padre local afirmou acreditar ter expulsado as entidades do local “após intensas orações”.
Fonte Omelete