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Brasil

Bolsonaro diz que não se vacinará contra a Covid-19

EVARISTO SÁ/AFP
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Por outro lado, o ministro da Saúde tem incentivado a vacinação para que a pandemia tenha fim

O presidente Jair Bolsonaro voltou a afirmar, nesta quarta-feira (13), que não vai tomar a vacina contra a Covid-19. Nas últimas semanas, o país tem registrado queda nos óbitos em decorrência da doença com a ampliação da vacinação.

A declaração do presidente acontece depois de ele ter sido barrado na Vila Belmiro, onde pretendia assistir ao jogo entre Santos e Grêmio, pelo Campeonato Brasileiro, no domingo.

Em abril, o presidente havia dito que ainda iria decidir se tomaria a vacina contra a Covid-19. Na época, Bolsonaro argumentou que já havia contraído o vírus e, por isso, decidiria sobre sua imunização quando o “último brasileiro” fosse vacinado.

Durante o feriado prolongado de 12 de outubro, o país chegou à menor média móvel de mortes desde novembro de 2020. De acordo com o levantamento do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) divulgado nesta terça (12), foram 367 óbitos na média móvel dos últimos sete dias. Desde o início da pandemia, 601.398 pessoas morreram por causa da Covid-19. 

Mesmo com a relação da queda do número de mortes e o avanço da vacinação, o presidente afirmou, em entrevista à rádio Jovem Pan nesta terça, que está decidido a não tomar vacina, alegando direito à liberdade. “Para mim, a liberdade acima de tudo. Se o cidadão não quer tomar a vacina, é um direito dele e ponto final.” Bolsonaro disse, sem citar fontes, que sua “imunização” está alta e comparou a vacina a uma loteria.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, fala à imprensa sobre a vacinação contra a Covid-19

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, fala à imprensa sobre a vacinação contra a Covid-19

WILSON DIAS/AGÊNCIA BRASIL

A fala de Bolsonaro contraria o discurso do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Na semana passada, ao anunciar o planejamento da vacinação contra a Covid para 2022, Queiroga ressaltou a importância da campanha. “Vacinar a população contra a Covid-19, além de salvar vidas, é muito custo-efetivo para o nosso sistema de saúde,” afirmou.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), o avanço da vacinação é o que explica a desaceleração do número de mortes e casos por Covid-19 nos últimos meses. “Estamos com números decrescentes graças à vacinação de cerca de 2 milhões de pessoas por dia e à adesão da população à campanha”, apontou a diretora da SBIm, Monica Levi.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, mais de 93% do público-alvo já foi vacinado com a primeira dose e 61% foi completamente vacinado.

Durante o feriado de 12 de outubro, Bolsonaro foi multado em R$ 500 por circular sem máscara por Peruíbe, no litoral paulista, além de ter sido vetado de assistir presencialmente ao jogo do Santos e Grêmio por não estar vacinado. 

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