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Interior

A um mês do leilão, governo de SP busca investidores na China e Emirados Árabes para trem que vai ligar Campinas à capital

Área da estação ferroviária central, em Campinas, terá uma estação do Trem Intercidades — Foto: Carlos Bassan/PMC
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Concorrência pretende contratar a empresa responsável pelas obras com investimento de R$ 13,5 bilhões. Vice-governador esteve nos dois países para apresentar projetos.

A um mês do leilão que busca contratar uma concessionária para as obras do Trem Intercidades, modal ferroviário que, se sair do papel, vai ligar Campinas (SP) à Estação da Luz, em São Paulo, o governo estadual enviou comitiva à China e aos Emirados Árabes para apresentar o projeto a investidores.

A equipe foi chefiada pelo vice-governador, Felicio Ramuth (PSD), que cumpriu a agenda internacional entre os dias 8 e 19 de janeiro. Outros projetos de infraestrutura também estavam na pasta de Ramuth.

“O portfólio apresentado por Felicio contempla diversas iniciativas, com destaque para o Trem Intercidades Eixo Norte, que vai ligar a capital paulista a Campinas. Conforme o edital, o investimento previsto é de R$ 13,5 bilhões”, confirmou o governo.

O leilão do Trem Intercidades está marcado para 29 de fevereiro, quando também se encerra o prazo para a apresentação de propostas de grupos nacionais e internacionais.

Parte da verba investida no projeto sairá de um aporte financeiro de R$ 10 bilhões do governo federal ao estado, por meio do novo Programa de Aceleração de Crescimento (PAC), com financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Infográfico mostra trajeto previsto para o Trem Intercidades, que vai ligar Campinas à Estação da Luz, na capital de SP — Foto: Luisa Rivas/Arte g1

Infográfico mostra trajeto previsto para o Trem Intercidades, que vai ligar Campinas à Estação da Luz, na capital de SP — Foto: Luisa Rivas/Arte g1

Projeto antigo de gestões passadas do governo estadual, o Trem Intercidades chegou a ser prometido pelo ex-governador Rodrigo Garcia (PSDB), que havia afirmado que o edital sairia em 2021. Após diversos atrasos e reprogramações, a atual gestão definiu a data de 29 de fevereiro para a licitação.

Quando o edital foi apresentado, em outubro de 2023, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmou que o funcionamento do Trem Intermetropolitano (etapa que vai de Jundiaí a Campinas passando por Louveira, Vinhedo e Valinhos) deverá ocorrer em 2029.

Já a operação do Trem Intercidades como um todo, entre Campinas e São Paulo, deve ficar para 2031, dois anos depois.

“Teremos o leilão no dia 29 de fevereiro de 2024. Depois, tem o tempo de assinatura de contrato e a construção de projeto executivo. Deixamos alguma flexibilidade para apresentação de soluções por parte do setor privado. Isso é saudável até para que se incorpore novas tecnologias, tecnologias inovadoras”, disse Tarcísio, na ocasião.

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Qual o prazo de concessão? A concessão será de 30 anos, a partir do início da operação comercial.

Quais as ligações previstas? Serviço Expresso (Trem Intercidades) – São Paulo a Campinas, com parada em Jundiaí, sendo:

  • Serviço Linha 7 Inicial e o Serviço Linha 7-Rubi – conectam a Estação Barra Funda, em São Paulo, a Jundiaí, e atende às cidades de Franco da Rocha, Francisco Morato, Campo Limpo Paulista e Várzea Paulista;
  • Serviço TIM (Trem Intermetropolitano) – vai de Jundiaí a Campinas, e atende também Louveira, Vinhedo e Valinhos.

Quanto tempo vai demorar a viagem? O Trem Intercidades (serviço expresso) deve percorrer os 101 km entre São Paulo e Campinas no tempo previsto de 1 hora e 4 minutos. A proposta é que as viagens do serviço expresso tenham intervalos de 15 minutos nos horários de pico.

Qual a previsão de entrega? Rafael Benini, Secretário de Parcerias em Investimentos (SPI), informou que o serviço intermetropolitano, com paradas em Jundiaí, Louveira, Vinhedo e Valinhos, estará em funcionamento até 2029, enquanto o trem expresso, que prevê apenas uma parada de dois minutos em Jundiaí, deve começar a operar até 2031.

Quanto pode custar a passagem? O valor estimado da tarifa do serviço expresso, definido a partir de pesquisas sobre potencial e demanda, é de R$ 64, mas a companhia vencedora da concorrência pode oferecer um valor inferior ao teto;

Qual a velocidade do trem? Para a realização do serviço expresso, o edital prevê que a empresa implante trens cuja velocidade máxima chegue a 140 km/h – o que é considerado média velocidade.

O projeto também inclui a implantação de um serviço metropolitano entre Campinas e Francisco Morato (SP), e estabelece atendimentos a outros municípios do interior paulista como Louveira (SP), Valinhos (SP) e Vinhedo (SP). A extensão dessa operação seria de 65,8 km, com nove estações e velocidade comercial de 56 km/h – a estimativa é que o tempo de viagem dure 55 minutos.

Quantos passageiros serão transportados? O estado prevê que o serviço expresso (SP e Campinas em 64 minutos) seja atendido por um trem com capacidade para 800 passageiros, operando em intervalos de até 15 minutos nos horários de pico. A expectativa do projeto é atender até 60 mil passageiros por dia em todos os serviços.

Qual a infraestrutura prevista? O edital prevê que as composições tenham banheiros, incluindo os acessíveis, telas pelos vagões para informar detalhes sobre a viagem e trajeto, e que poderão ser explorados para publicidade; além de oferta de sinal de internet (Wi Fi) e tomada e porta USB aos passageiros.

Fonte G1

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